Por Vinicius Mendes, Gazeta Digital
Em entrevista na manhã de terça-feira (11) o governador Mauro Mendes afirmou que não crê que a reforma tributária desejada pelo governo Lula será muito impactante. Para Mauro, antes disso seria necessária uma reforma administrativa já que o Estado brasileiro é “ineficiente, gasta mal e arrecada de forma desorganizada”.
O governador foi entrevistado pela Joven Pan News e disse que nos últimos 30 anos muito se falou sobre reforma tributária, mas pouco se fez, sendo que o que ocorreu mesmo foi aumento da carga tributária.
“O Estado brasileiro, em todos os seus sentidos, é um Estado ineficiente, gasta mal, arrecada de forma desorganizada, muito complexo, nós temos muitos tributos, uma burocracia gigantesca que favorece a sonegação, que favorece a elisão fiscal, e mais uma vez nós vamos debater este tema, só que eu tenho dito e vou repetir mais uma vez que eu acredito pouco no que se vai fazer, primeiro porque, como é que vai reduzir, porque o cidadão brasileiro, nós, gostaríamos de pagar menos impostos e ter um Estado mais eficiente, então antes de fazer uma reforma tributária nós teremos que fazer uma reforma administrativa deste país, para tornar o Estado brasileiro mais eficiente”.
O governo Lula busca uma reforma tributária sobre o consumo neutra, para melhorar o sistema. A base do governo no Congresso Nacional tem buscado apoio para que o projeto seja votado até o final de junho. Mauro crê que a reforma não será tão impactante quanto o Governo Federal imagina.
“As nossas leis são muito lentas, burocráticas. […] talvez venha uma simplificação, acredito que venha, que é benéfico, não dá pra dizer que não seja, porém, uma mudança mais estrutural na tributação brasileira tem que ser precedida de uma reforma administrativa para tornar o Estado brasileiro mais barato, mais eficiente, e aí nós teremos uma reforma tributária que possa permitir ao cidadão pagar menos impostos, ou mesmo pagando os mesmos impostos que nós tenhamos mais retorno para o cidadão, o que infelizmente acontece muito pouco no Brasil”.