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sábado, maio 11, 2024
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Mauro alerta para perda de receitas nos Estados com desonerações e fala em ‘graves prejuízos’

O governador voltou a criticar a isenção para o setor de exportação, e fala, inclusive, dos problemas que os Estados deverão enfrentar como falta de recursos para investimentos e despesas com salários

Por Alline Marques, Leiagora

Apesar de ter baixado o tom das críticas à reforma tributária, o governador Mauro Mendes (União) aponta falhas ainda na proposta que agora tramita no Senado Federal e deve ser colocada para votação em outubro. O chefe do Executivo de Mato Grosso reforça que haverá uma grande perda de receita e que este debate tem ficado de lado e crítica às isenções ao setor de exportação no Brasil.

Mendes diz que com a chegada da proposta no Senado, agora ele espera que haja o amadurecimento da proposta e que seja realista com o cidadão, permitindo que cada pessoa possa saber, o impacto disso na vida dele e de cada empresa, pequena, grande e média. Porém, ele faz um alerta sobre a perda de receita e faz críticas às isenções para o setor de exportação no Brasil.

“Respeito a opinião dos governadores que estão preocupados com isso (perda de autonomia dos estados), agora a maior preocupação, e eu tenho clareza disso, é que vai existir uma perda de arrecadação grande no país, porque algumas cadeias estão sendo completamente desoneradas. Se alguém vai deixar de pagar imposto, como fica no fim do dia, se o custo da prefeitura, do Estado ou da União não vai diminuir, para quem vai ficar esse imposto para essa conta fechar”, declarou Mendes em entrevista à Jovem Pan.

De acordo com o governador, ele levará esse debate para a mesa de discussão e mostrar que cadeias como as exportadoras vão pagar zero de impostos porque tudo que paga vira crédito. “No final tudo que pagam é devolvido para o exportador, então ficou totalmente desonerada, e hoje essas cadeias pagam impostos, pagam ICMS, que não viram crédito, e isso vai gerar perda de arrecadação e alguém vai ter que pagar mais impostos e quem vai pagar mais para outros pagarem nada?”, questionou.

Para Mendes, o momento agora é de serenidade porque já existe um texto de base e o momento seria de analisar o conteúdo trazendo para o “mundo real”. Além disso, o chefe do Executivo deixou claro que o fundo de compensação não será suficiente para as perdas de receitas geradas pela desoneração para alguns setores. E aponta para um risco real de impactos negativos na receita, prejudicando investimentos e até mesmo o pagamento de salário de servidores.

“O risco não é do Senado fazer isso, esse risco é real. Porque toda cadeia de exportação, o agronegócio brasileiro, que é o maior setor da economia brasileira e exporta muito, vai ficar praticamente isenta de pagar impostos, porque tudo que pagar ao longo da cadeia vira crédito e será ressarcido ao longo da cadeia, e o último que é a trading, alguma coisa que ele pagou de imposto, o estado tem que devolver, ninguém vai pagar nada, está escrito lá, então terá redução de receita”, justificou.

 

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