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terça-feira, maio 21, 2024
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“Mães pela diversidade” emitem nota de repúdio contra delegado Stringueta

Da redação

O grupo de “Mães pela Diversidade” de Mato Grosso, emitiu nota de repúdio contra o delegado Flávio Henrique Stringueta, por tentar minimizar casos de violências em seus textos publicados diariamente. Em 2021, o mesmo já foi afastado do cargo pela Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil, após criticar o Ministério Publico Estadual (MPE) em um artigo de opinião.

Confira nota:

“Nós mães pela diversidade Mato Grosso Repudiamos a fala do delegado Flávio Henrique Stringueta que tentou minimizar as violências sofridas por nossos filhos diariamente em texto publicado de sua autoria. Tal pensamento e conduta, não raros neste país, refletem o desrespeito e o desprezo à vida humana e o despreparo ético e moral e intelectual, posto se tratar da opinião equivocada de uma autoridade policial; que se pressupõe ter o curso de Direito para ingressar na carreira de delegado de Polícia Civil de Mato Grosso.
O Código de Ética e de Conduta Moral dos servidores públicos de carreira não o eximem de responder internamente por suas condutas sociais, assim como pela conduta profissional, ambas intrínsecas e una, por se tratar de uma autoridade policial.

Lembramos ao delegado que as estatísticas nacionais oficiais registram ocorrências terríveis contra os nossos filhos, diariamente. São atos de violência psicológica; exclusão social; mortes com requintes de crueldades, entre outras formas de agressão. Esse sofrimento não pode jamais ser subjugado e menosprezado por ninguém, muito menos por uma autoridade policial. Mães e famílias estão enlutadas, o mínimo de respeito deve ser oferecido por todos e principalmente por pessoas que deveriam trabalhar para o bem-comum e para a promoção da paz, pois esse é fim social do Direito.

A violência gera violência. Infelizmente o senhor delegado não acolheu seu filho que estava vulnerável emocionalmente com o bullying  que sofreu. Nós Mães Pela Diversidade de Mato Grosso acolhemos nossos filhos protegemos e lutamos por direitos iguais, isso é o que fazem pais e mães que escolhem amar e respeitar seus filhos.
Nossos filhos são ASSASSINADOS, pela propagação de preconceito disfarçado de brincadeira, são excluídos socialmente quando são expulsos da escola por preconceito (disfarçados de olhares, piadas e também agressões físicas), nossos filhos não podem expressar seu amor publicamente por que pessoas acham imorais, mas não olham para a imoralidade praticada pela cultura machista, que ainda impera na sociedade.
É fato que a discriminação por meio de olhares e de falas e piadas preconceituosas estimulam em nossos filhos a depressão e até ideações suicidas. Senhor delegado, o direito a vida e a dignidade humana são preceitos fundamentais de uma civilização que se diz SER HUMANA e devem nortear a convivência social, pois o seu direito de pensar diferente não é absoluto e nem soberano. A dor da perda de um filho não é “mimi” violência não forja bom caráter, violência não forja pessoas melhores, violência só gera violência e dor, revolta e indignação.

A sua atitude nos envergonha, pois jamais se espera tal comportamento de uma autoridade policial. Esperamos que o Governo do Estado de Mato Grosso haja de acordo com o que dispõe o Estatuto e Código de Ética do servidor público estadual, no sentido de, pedagogicamente, restabelecer a paz social e a civilidade humana, em nossa sociedade.
Nossos filhos e filhas têm família e NÓS somos Cidadãos e Eleitores e Contribuintes fiscais deste Estado. O mínimo que esperamos de contra partida do Estado gestor e de todos os que o representam, como servidores, é Respeito.

Tire o seu preconceito de caminho, porque vamos passar com o nosso AMOR.

ONG Mães pela Diversidade de Mato Grosso.

 

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