Lula na COP27: “Vamos pegar o país pior do que nós pegamos em 2003”

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, nesta quinta-feira, que herdará um país pior do que pegou em 2003, em seu primeiro mandato como chefe do Executivo brasileiro. “Nós temos uma tarefa muito delicada. Vamos pegar o país pior do que nós pegamos em 2003. Vamos pegar o país com uma coisa mais grave: a tentativa do desmonte e do descrédito das instituições”, disse, em evento com a sociedade civil brasileira na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), em Sharm El-Sheikh, no Egito. Lula ainda criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL), ao declarar que, em quatro anos, o presidente “derrotado” não fez encontros com a sociedade civil, mas ofendeu mulheres, periferias, negros, quilombolas e pessoas com deficiência. “Ele tentou fazer o que pôde para ofender e tentar desmoralizar”, avaliou o petista.

GOVERNO DE SÃO PAULO

Fiador da campanha do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) deve ocupar uma secretaria estratégica no próximo governo e indicar um fiel aliado para comandar uma das pastas mais cobiçadas da administração paulista. Fontes próximas a Kassab disseram ao Metrópoles que o ex-ministro repensou sua atuação política desde o segundo turno da eleição e optou por assumir um cargo no primeiro escalão do governo Tarcísio em vez de negociar um ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

INDICADOS PARA A TRANSIÇÃO

A 45 dias da posse, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não anunciou o nome de futuros ocupantes de ministérios. Como uma sinalização dos possíveis ministeriáveis, o Gabinete de Transição, no entanto, já tem 285 indicados. A equipe é composta de especialistas que discutirão as atuais políticas e possíveis mudanças nos setores designados. Até o momento, há voluntários, indicados e apontados no Diário Oficial da União para integrar as 31 equipes. Nomes como o da senadora Simone Tebet e do ex-ministro da Educação Fernando Haddad são ventilados para mais de uma pasta. Enquanto isso, não há qualquer sinalização sobre quem vai assumir determinados ministérios.

FORTALECIMENTO DA ECONOMIA

O turismo foi um dos setores mais atingidos durante a pandemia. Mas, aos poucos, está encontrando a rota do crescimento. Prova disso é que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do primeiro trimestre deste ano, houve a expansão de mais de 42% das atividades turísticas em comparação ao mesmo período de 2021. Atento a esse cenário, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Sebrae no DF) segue incentivando o segmento. Segundo o diretor-superintendente do Sebrae no DF, Valdir Oliveira, a entidade prioriza o turismo, que é um setor de cadeia produtiva bem ampla, sendo transversal, com diversas áreas. Entre elas, estão alimentação, artesanato, hospedagem e locomoção.

PRESIDENTE RECLUSO

Caso não realize a antes tradicional live nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) baterá um recorde. Este é o maior período que o chefe do Executivo federal passa sem fazer as transmissões que se popularizaram durante o mandato. Já se passaram três semanas desde a última live feita por Bolsonaro, em 27 de outubro, às vésperas do segundo turno. Desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente não voltou a realizar transmissões em suas páginas e fez apenas um pronunciamento em 1º de novembro, dois dias após o pleito, em que não reconheceu o resultado das urnas.

TAXA DE DESEMPREGO

A taxa de desocupação no terceiro trimestre ficou estável. O índice nacional recuou de 9,3% para 8,7% no período, porém 21 unidades federativas permaneceram estáveis aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira. Na comparação interanual com o mesmo trimestre do ano anterior, houve queda significativa da taxa de desocupação. “No segundo trimestre, a taxa de ocupação havia caído 1,8 ponto percentual, com disseminação da queda por 22 unidades da federação. Já no terceiro trimestre, a queda foi menos intensa, de 0,6 ponto percentual e isso repercutiu nos resultados locais, por estado”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

LIMITE DA MEI

Aprovado no Senado e prestes a ser pautado na Câmara dos Deputados, o projeto que aumenta o limite de faturamento para que o microempreendedor individual (MEI) e pequenas empresas se enquadrem no Simples Nacional é mais uma ameaça às contas públicas que não deve ser minimizada. A avaliação é de especialistas ouvidos pelo Metrópoles, que entendem que o tema pode se transformar em uma “pauta-bomba” para o futuro governo. O Simples Nacional é um regime de tributação simplificado e exclusivo para micro e pequenas empresas, que reúne vários impostos em um único tributo.

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