Acostamento do lado esquerdo da avenida será transformado em pista do novo modal
Por Jardel P. Arruda, Leiagora
Lojas localizadas no início da Avenida Couto Magalhães até o cruzamento com a Travessa Maracaju, em Várzea Grande, devem ser as mais prejudicadas pelas obras de implantação do ônibus rápido de transporte (BRT). Isso porque este trecho de 1,4 quilômetro terá um dos acostamentos substituídos pela pista de uma mão do BRT e ainda não há informações se haverá interdição parcial ou total da avenida durante as obras.
Conforme informações da Prefeitura de Várzea Grande, o BRT seguirá na Couto Magalhães por apenas uma pista de rolagem, virando na Travessa Maracaju e contornando a Caixa D’água na Filinto Muller, Nesta avenida, até o Aeroporto Marechal Rondon, parte das duas pistas será do BRT e outra do trânsito geral.
Entre os comerciários de Várzea Grande a preocupação é a de ter a pista interditada por mais de um mês, o que poderia causar o fechamento de vários empreendimentos.
O assunto será tema de uma reunião entre o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), o deputado Fábio Tardin (PSB), e representantes da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) marcada para esta terça-feira (15). É prevista a participação de empresários e representantes do setor comercial de Várzea Grande.
Esse também será um dos temas centrais da audiência pública para apresentação do Estudo e o Relatório de Impacto de Vizinhança, marcada para o dia 22 de agosto.
Redução de pistas
Outra preocupação em relação ao comércio em Várzea Grande é a possibilidade da redução de alguma pista de rolagem para o trânsito geral. O secretário adjunto de Estado de Gestão e Planejamento Metropolitano, Rafael Detoni, garante que a implantação do BRT não causará redução no número de faixas para o tráfego de veículos em geral, tanto em Cuiabá quanto em Várzea Grande.
Conforme informações do governo, o BRT vai contar com cinco serviços, sendo três de linhas expressas e dois de linhas com paradas em estações para atender a população.
Em Várzea Grande, o trajeto inicia na Avenida da FEB, entra na Avenida Couto Magalhães, seguindo pela Travessa Maracaju até o novo terminal André Maggi, retornando pela Avenida Filinto Muller até novamente a Avenida da FEB.
A linha 1, chamada de paradora, vai sair do terminal André Maggi e seguir até o Terminal do CPA, e vice e versa, parando em todas as estações no meio do caminho. Da mesma forma, a linha 4 irá parar em todas as estações entre o Terminal do Coxipó até o Centro de Cuiabá.
Já a linha expressa 2, vai sair do Terminal do CPA e fazer uma parada na Avenida Rubens de Mendonça, imediações do Centro Político, até chegar ao centro de Cuiabá. Já a Linha 3, também expressa, sai do Terminal André Maggi e vai parar apenas nas estações Dom Bosco e Bispo Dom José, antes de acessar a Avenida Getúlio Vargas. Por fim, a linha 5 sairá do Terminal do Coxipó e fará paradas apenas na UFMT e Morro da Luz, antes de chegar até a Avenida Getúlio Vargas.
O secretário-adjunto de Obras Especiais da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, Isaac Nascimento Filho, ressalta que as obras na Avenida da FEB, em Várzea Grande, têm previsão de conclusão ainda em 2023.
“Conforme o cronograma das obras, a previsão de conclusão era para janeiro do ano que vem, mas estamos trabalhando para adiantar e entregar ainda este ano. Conforme as obras forem andando, a normalidade no trânsito irá voltando gradativamente”.