O ex-secretário foi um dos alvos da Operação Descobrimento, que desarticulou um grupo acusado de enviar entorpecentes para a Europa.
Da redação
O ex-secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Nilton Borgato teve sua liberdade concedida pela Justiça Federal. Borgato foi preso pela Polícia Federal em abril de 2022 acusado de tráfico internacional de drogas e estava em prisão domiciliar desde novembro daquele mesmo ano.
O ex-secretário foi um dos alvos da Operação Descobrimento, que desarticulou um grupo acusado de enviar entorpecentes para a Europa. As investigações começaram após a apreensão de 535 kg de cocaína em um jato executivo pertencente a uma empresa portuguesa ligada a Rowles Magalhães, em fevereiro do ano passado, em Salvador.
Na Operação Descobrimento foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva no Brasil e em Portugal. No Brasil, os mandados foram cumpridos nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Rondônia e Pernambuco.
O ex-secretário foi preso em Cuiabá. A Polícia Federal também cumpriu mandados de prisão contra o lobista Rowles Magalhães, que foi preso em São Paulo, e a doleira Nelma Kodama, primeira delatora da Lava Jato, que chegou a ser condenada naquela operação.
Com a decisão assinada pelo juiz Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal Criminal de Salvador, desde o dia 5 de fevereiro de 2024, o ex-secretário segue em liberdade provisória, mas com algumas ressalvas, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de se comunicar com investigados e recolhimento domiciliar das 18 às 6h.