Por Gazeta Digital
No termo de audiência de custódia do advogado Marcos da Silva Borges, pela suposta prática de tentativa de feminicídio contra sua ex-esposa e uma amiga dela, a Justiça converteu a prisão em prisão preventiva para “evitar cometimento de delito mais grave”. O crime ocorreu no edifício Goiabeiras Tower, na noite de sábado (19), em Cuiabá.
Consta nos autos que Marcos foi preso, em flagrante, pelo crime praticado contra sua ex-esposa L.R.S. e a amiga dela S.K.O.A.S. por não aceitar o fim do relacionamento. Ele, armado com uma faca, teria ameaçado elas dizendo “então vou matar as duas” e só não conseguiu cumprir com o que disse porque L.R.S. conseguiu fugir. No entanto, a amiga da ex acabou sendo esfaqueada, mas sobreviveu.
Ao analisar a prisão a Justiça pontuou que há prova de materialidade e indícios suficientes de autoria, com base nos depoimentos dos policiais e também na palavra da vítima que “nos casos de violência doméstica possuem especial relevância”.
A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva levando em consideração o comportamento do advogado, a gravidade do crime e também que se ele permanecer em liberdade pode continuar com a violência que praticou contra a vítima, além de poder cometer um crime mais grave.
“Não obstante a subsistência em nosso sistema, de medidas cautelares mais amenas, fica claro que estas não surtirão efeitos, se fazendo necessária a reprimenda do Estado, a fim de evitar cometimento de delito mais grave e maiores prejuízos à vítima”, diz trecho da decisão.