Por Jean Gusmão
Em uma entrevista na Assembleia, o deputado Júlio Campos (União) lamentou a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça (TJMT) no último final de semana, ao conceder prisão domiciliar a Carlinhos Bezerra, que alega ter problemas de saúde e a necessidade de tratamento realizado em casa.
“É um desastre ecológico, é um verdadeiro incêndio no Pantanal, uma verdadeira cheia no Rio Grande do Sul, que causa um tumulto muito grande e descredita nas decisões da justiça”, pontua Júlio Campos.
O deputado ainda acrescenta que foi muito cedo para a decisão ser tomada, tendo em vista que menos de um ano se passou desde o fato ocorrido, pois não houve a marcação do julgamento como deveria ser feito baseando-se na própria lei.
Conforme a decisão do tribunal, Carlinhos deverá ser monitorado e permanecer 24 horas por dia dentro de casa. Ele também deverá apresentar a cada 90 dias um relatório médico sobre a evolução do quadro clínico para a reavaliação da medida.
O ocorrido
No dia 18 de janeiro, o casal Thays Machado e William Cesar Moreno esperava um motorista de aplicativo em frente ao Edifício Solar Monet, no Alvorada, quando foram baleados pelo filho do deputado Carlos Bezerra, Carlos Alberto Bezerra, 57. Cada um recebeu 3 tiros e morreu ainda no local. O acusado foi preso horas depois do crime, em Campo Verde (131 km ao Sul), e confessou o crime em depoimento à Polícia Civil.