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terça-feira, maio 21, 2024
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Juiz solta preso por tráfico do CV, mas depois volta atrás

Por Vinicius Mendes, Gazeta Digital

Jean Garcia de Freitas Bezerra, juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a prisão preventiva de Thiago Henrique Ribeiro, acusado de vender drogas para o Comando Vermelho, porém, depois acabou voltando atrás em sua decisão, por verificar que ele estava preso, na realidade, por outro crime.

O nome de Thiago não constava na denúncia inicialmente, que trata sobre um caso de “salve” aplicado em um homem suspeito de cometer um furto de celular. O Ministério Público depois pediu aditamento da denúncia, acrescentando, entre outros, o nome de Thiago.

O caso ocorreu em outubro de 2021. A Polícia Civil recebeu um vídeo onde a vítima sofre tortura, o “salve”, por suposta represália por ter cometido um furto de celular. O homem foi localizado, possuía diversas lesões pelo corpo, e disse que foi agredido no dia 23 daquele mês. No entanto, se recusou a dar informações sobre os autores da tortura.

De acordo com a autoridade policial, Ítalo Henrique Santos Bezerra, Jadir Tomé Da Silva, Marciel Silva Gomes, Daniel Souza Moura, Max Gomes Da Silva e Rogério Souza Fernandes seriam os responsáveis pela agressão. Em continuidade às investigações o nome de Thiago foi encontrado em uma tabela de aquisições de entorpecentes, sendo então apontado pela polícia como vendedor/ comprador de drogas do Comando Vermelho.

“Não havendo pela documentação juntada indícios claros e concretos da traficância em si, que melhor será apurada durante a instrução processual”, disse o juiz.

A Defensoria Pública pediu a revogação da prisão de Thiago. O magistrado considerou que, apesar dos indícios de materialidade e autoria serem suficientes para recebimento da denúncia, não é o bastante para a manutenção da prisão.

“Isso porque, os elementos de informação até então coligidos denotam o envolvimento no comércio ilegal de drogas em razão de seu nome constar registrado numa tabela de aquisições de entorpecentes, revelando-se, desse modo, frágeis para sustentar o decreto de prisão preventiva”.

Por entender que não há elementos concretos que evidenciem a ligação dele ao Comando Vermelho o juiz revogou a prisão, impondo algumas medidas cautelares.

No entanto, em decisão posterior, o magistrado verificou que Thiago não estava preso em decorrência deste processo, por isso tornou sem efeito sua decisão anterior, apenas com relação à revogação da prisão.

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