Por Luis Vinicius, Gazeta Digital
Depois dos quatro deputados estaduais ameaçarem entregar carta de desfiliação por falta de espaço, a executiva estadual do União Brasil chegou a um consenso sobre a nova diretoria do partido. A nova cúpula estadual será formada por 30 membros e terá o governador Mauro Mendes como mandatário no lugar do deputado Fábio Garcia, assim como já foi informado pelo Jornal A Gazeta. Agora, os parlamentares passam a ter mais voz nas decisões da agremiação.
A decisão foi tomada durante uma reunião que iniciou às 19 horas e se encerrou por volta das 21h30min, na sede do União Brasil, na noite de quinta-feira (27). Os deputados Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco, Eduardo Botelho e Sebastião Rezende chegaram à sede da unidade partidária com cara de poucos amigos e, naquele momento, a saída do quarteto era uma das possibilidades do grupo.
Para tentar sensibilizar o governador e outros membros, Júlio segurava embaixo dos braços um envelope com o pedido para deixar a sigla, além dele, os seus três colegas. Entretanto, o grupo chegou a um acordo. O ex-governador afirmou que no momento não está cogitada a possibilidade de deixar a sigla. A eleição de domingo (30), que tanto foi criticada pelo parlamentar, será apenas para chancelar a nova executiva.
“Eles queriam fazer a eleição sem a participação da bancada estadual e realmente a bancada estadual deu o ultimato: ou nós participamos com voz, como é de direito, ou então nós sairíamos do partido. Sim, foi apresentada a carta, foi o ultimato. Nós estávamos sem participação nenhuma”, disse o Júlio aos jornalistas que acompanharam o encontro.
O governador também conversou com a imprensa e detalhou que a reunião aconteceu apenas para discutir o diretório. Ele nega que o grupo discutiu sobre quem será o candidato do partido à Prefeitura de Cuiabá. Botelho e Garcia brigam pela vaga.
“Não foi discutido absolutamente nada sobre eleições de 2024. Houve um mal entendido, porque circulação uma informação falsa nos bastidores da política, mas a fofoca foi desfeita. Tudo segue normal como tudo deveria ter ocorrido”, afirmou Mendes.
Além do governador, comporá o diretório o senador Jayme Campos, como primeiro vice-presidente, Coronel Assis será o 2º segundo vice-presidente, enquanto que o deputado federal Fábio Garcia será o 3º vice-presidente. Dilmar, por sua vez, vai ser secretário-geral e Aécio Rodrigues e Mauro Carvalho serão os tesoureiros.