Da Redação- Jean Gusmão
Aniluci da Paixão é moradora e guia de turismo na cidade de Chapada, acumulando mais de 20 anos de experiência na área. Na última sexta-feira (19), participou da audiência pública da MT251, referente à interdição do Portão do Inferno. Em busca de soluções para a sua categoria, que vem sofrendo com a queda do movimento na cidade, a guia destaca que a diminuição de visitantes em Chapada está relacionada à incerteza de poderem voltar para casa devido a interdição no trecho do Portão do Inferno. Segundo Aniluci, essa incerteza leva as pessoas a escolherem outros destinos turísticos.
“As pessoas têm medo de ir para Chapada e não poder sair, sem ter como voltar, porque uma hora abre, outra hora fecha a rodovia. Eu conheço pessoas que preferem ir para outro lugar do que ir para Chapada”, aponta Aniluci.
A guia afirma que os meses de dezembro e janeiro são a alta temporada de turistas em Chapada, com movimentação nos comércios e geração de empregos no município. No entanto, com a interdição do Portão do Inferno no final do ano passado, o fluxo de pessoas diminuiu muito na cidade, causando uma grande crise no setor de turismo na região. “Não há mais pessoas frequentando os parques e os guias de turismo ficam sem trabalho devido à falta de turistas na região”.
A Aniluci acrescenta que os guias de turismo de Chapada estão no limite, com a falta de trabalho. “Os guias estão preocupados sim, porque não está tendo trabalho e as contas vêm todo final do mês, não importa se você trabalhou ou não. Nós dependemos dos turistas que vêm visitar Chapada e não estão vindo, e com isso estamos sendo afetados e já estamos no limite”, afirma.
Ela ainda espera que ações emergenciais sejam tomadas para resolver a situação do Portão do Inferno, possibilitando o retorno de turistas à região e permitindo que os guias voltem a trabalhar neste período de temporada, junto ao Carnaval na cidade.