Everaldo Galdino
O governador Mauro Mendes e a primeira-dama Virgínia Mendes estavam entre as autoridades de Mato Grosso que receberam o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na manhã desta segunda-feira (8), no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Durante a entrevista no local, o chefe do Executivo Estadual comentou sobre a movimentação política em torno do grupo formado pelo deputado federal Abilio Brunini (PL), um dos pré-candidatos a prefeito de Cuiabá.
“ Eu construo um perfil na política mais solo, mais sereno. Acima de tudo mais com mais resultados. Temos boa conexão com a população do Estado. Isso tende a pendurar até que haja uma a mudança de percepção, o que se criou uma conexão. Isso é histórico e liminar do ser humano. O próprio instinto animal busca em algum líder espelhar naquilo que deseja pra sim e para a sociedade. Então, o Bolsonaro representa isso muito bem para uma boa parte da população brasileira”, afirmou o governador
Mendes a ser questionado sobre as obras em Chapada dos Guimarães, que faltou apoio do grupo bolsonarista respondeu:
“Eu prefiro ficar fora dessas análises entre o governo federal e governo estadual, além do período do governo Bolsonaro. Uma fala mal colocada pode não ser entendida e sempre me preocupei em cuidar disso. Respeitei o período do governo Bolsonaro e procuro respeitar o governo Lula. Mas como cidadão, eu tenho as minhas opiniões. Como governador, represento o Estado. Aqui tem muita gente que ama Lula e ama Bolsonaro. Prefiro não viver dos amores e sim dos resultados”, disse o chefe do Executivo Estadual.
Quanto a vinda de Bolsonaro em Mato Grosso, que pode mudar o resultado das pesquisas eleitorais, ele acrescentou:
“Ele é uma liderança muito expressiva, não tem como deixar de reconhecer. Entretanto, acredito que até o final do dia, as pessoas vão escolher o melhor candidato para tirar Cuiabá do buraco, e dos caos que se encontra hoje”, destacou, ao falar que a população deverá escolher a quem tem mais experiências e prestar os serviços e resgatar a Capital.
Sobre o aniversário de Cuiabá, que completa 305 de fundação, sobre o que falta de presente na cidade. “Falta muita coisa. Nos últimos anos, deixou muito a desejar (referido a gestão do governo Emanuel Pinheiro). Falou muito e fez pouco. Encheu a cidade de buracos. Esse é o grande legado da gestão de Emanuel Pinheiro. Uma das piores gestões dos últimos 300 anos. Isso, seguramente, vai deixar um rastro de destruição e vamos demorar um tempo para consertar”, alfinetou.
Ao ser questionado sobre a campanha do União Brasil no interior de Mato Grosso. “Eu não estou cuidando da campanha no interior. Embora seja o presidente do partido. A minha função de governador, ela ocupa 90% do meu tempo na política. Tenho distribuído aos nossos correligionários, como os deputados federais e estaduais, além do senador Jayme Campos, essa função de ordenar e articular a pré-campanha no interior com os prefeitos”, disse a autoridade estadual
Também, o governador falou da falta da presença da ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro (PL) no ato de apoio ao ex-presidente.
“Acredito que ela não veio por ter outros compromissos na agenda. Mas ela (Michelle) é muito boa. A minha esposa gosta muito dela. Uma pessoa muito simpática e é muito querida por muitos mato-grossenses”, finalizou.