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sexta-feira, maio 10, 2024
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Fruto da fusão PTB e Patratiota, novo partido deve reunir ‘direita de verdade’ em MT e reacende bastidores

Criação do partido foi aprovada por unanimidade pelo TSE e fundo partidário está estimado em pelo menos R$ 22 milhões

Por Renan Marcel, Leiagora 

Aguardada há bastante tempo por lideranças políticas insatisfeitas em seus partidos ou buscando melhor oportunidade para as eleições municipais de 2024, a criação do Partido Renovação Democrática (PRD) deve reacender as tratativas para migrações partidárias no próximo ano.

O PRD é resultado da fusão entre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Patriota e foi aprovada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sessão administrativa de quinta-feira (9). O partido era para ser chamado de Mais Brasil, porém, o nome foi vetado.

Entre os políticos de Mato Grosso que chegaram a se articular durante o debate sobre a fusão estão o vereador por Cuiabá Kássio Coelho, que é o presidente do diretório do Patriota, e o deputado Dilmar Dal Bosco, que foi preterido recentemente dentro do seu atual partido, o União Brasil.

Segundo Kássio, se Dilmar migrar para o PRD, o deputado será o responsável por organizar o partido no Norte do estado. Dilmar, contudo, sempre ponderou que era necessário criar o partido primeiro antes de qualquer decisão.

A princípio a nova agremiação poderá ser liderada pelo candidato derrotado ao governo em 2022, pastor Marcos Ritela, do  PTB, que  surpreendeu na campanha com 233.543, ficando em terceiro lugar. Outro nome forte do PTB é o do ex-deputado federal Victório Galli. Há ainda a informação de que ex-deputado Dilceu Dal Bosco, irmão de Dilmar, estaria sendo cotado para liderar o partido.

O PRD deve reunir nomes que se colocam como “direita de verdade”, mas já nasce perdendo um dos seus nomes, o deputado estadual Cláudio Ferreira, que deve deixar o PTB para se filiar ao Partido Liberal com o intuito de disputar a prefeitura de Rondonópolis.

Diante da decisão do TSE, Kássio descarta a filiação ao Republicanos, que havia feito o convite, e concentra esforços na montagem da chapa do PRD.

A decisão da justiça eleitoral teve como base o voto da relatora do pedido das legendas, ministra Cármen Lúcia. Segundo ela, todas as exigências da legislação sobre o tema foram cumpridas.

“A Procuradoria-Geral Eleitoral também opinou pelo deferimento do pedido de fusão, destacando que as impugnações solicitadas versam sobre questões que não afetam matérias das competências da Justiça Eleitoral”, afirmou a magistrada.

A ministra registrou que o estatuto, o programa do novo partido e o seu órgão de direção nacional foram aprovados em convenção nacional realizada em 26 de outubro de 2022 e publicados no Diário Oficial da União (DOU) de 9 novembro de 2022.

Fundo Partidário

No voto, Cármen Lúcia considerou ainda prejudicada liminar que reservava, desde fevereiro de 2023, os recursos do Fundo Partidário que seriam destinados à futura agremiação, no caso o PRD. Com a aprovação da fusão do Patriota e do PTB, o novo partido passa a ter efetivo direito a obter verbas do Fundo Partidário pela superação da cláusula de barreira.

O cálculo do montante reservado leva em conta a soma dos votos válidos obtidos pelo Patriota e o PTB nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados, ocorridas em 2 de outubro de 2022. As verbas estavam bloqueadas até que o pedido de fusão dos partidos fosse examinado pelo Plenário do TSE, o que ocorreu na última quinta-feira. A estimativa é de que o PRD tenha ao menos R$ 22 milhões liberados neste ano. 

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