Da Redação – Vanessa Alves
Investigado por suspeita de falsidade ideológica, violação de sigilo funcional, usurpação de função pública e obstrução de justiça, o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas foi absolvido pelo juiz Jean Garcia de Freitas na ação criminal que investiga o caso de escutas ilegais em Mato Grosso, conhecido como ‘Grampolândia Pantaneira’.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), os casos investigados revelam crimes orquestrados por um grupo que queria obter vantagem eleitorais em 2014. Conforme o MP, há indícios de prática de embaraçar a investigação criminal de organização criminosa presidida por autoridades policiais, onde Jarbas teria usado recursos como autoridade para ‘blindar’ os investigação da ‘Grampolândia Pantaneira’.
Mas, o juiz entendeu que, devido a atipicidade dos fatos e a reivindicação da defesa, caberia a absolvição de Jarbas. A sentença foi expedida na última terça (20).
A Polícia Civil concluiu em agosto de 2022 o inquérito policial que apura o caso da “Grampolândia”. As investigações apontaram que, na época dos fatos, Jarbas teria se aproveitado do cargo que ocupava para atrapalhar o rumo das investigações.
Os investigados na operação ‘Grampolândia’ envolvia agentes públicos civis e militares, que chegaram a alugar uma sala comercial para funcionamento do escritório clandestino de ‘escutas’ ilegais.
Para o Ministério Público, o ex-secretário teria tentado reprovar o promotor Mauro Zaque, que denunciou as interceptações, a fim de ocultar ou desviar documentos materializados sobre os investigados. Além de coagir o delegado Flávio Stringueta, responsável pelo inquérito.
Mas, o juiz examinou detidamente os fatos imputados e não visualizou relação de causalidade entre o crime de obstrução da justiça e as condutas indicadas na denúncia, de forma que não se encaixaram a causa e o resultado do delito.