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domingo, maio 12, 2024
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Estado isola chefes do crime para ‘frear’ o Comando Vermelho

Por Silvana Ribas, Gazeta Digital

Apontado como o número 1 da Facção Comando Vermelho em Mato Grosso, o preso Sandro da Silva Rabelo, o ‘Sandro Louco’ e outras lideranças do CV permanecem em isolamento no raio 8 da Penitenciária Central do Estado (PCE) após a deflagração da primeira fase da Operação Ativo Oculto, em 23 de março. Passados pouco mais de dois meses e após a deflagração da segunda fase, em 3 de abril, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, informa que 12 alvos continuam em unidades prisionais e um em prisão domiciliar.

A interceptação das ligações telefônicas do líder da facção subsidiou a investigação, indicando mais uma vez que os celulares fazem parte da rotina dos presos da PCE que estão na área de convívio. Somente após a operação, as lideranças do CV foram transferidas para a área de isolamento no novo raio da unidade, que funciona em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Segundo o comandante do Gaeco, promotor Adriano Roberto Alves, além de Sandro, outras lideranças do CV também foram transferidas para o isolamento.

Durante as duas fases da operação, foram apreendidos 89 celulares,11 armas de fogo, 12 veículos avaliados em R$ 1.060 milhão, R$ 161.202,30 em dinheiro e três terrenos. Os agentes ainda fizeram seis apreensões de entorpecentes.

Além de Sandro, que soma penas que superam os 100 anos de reclusão, outros membros da família também estão sendo investigados. A atual esposa Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, está em unidade prisional e a advogada dele, Adriana Borges Souza da Mata foi beneficiada com a prisão domiciliar.

Apesar da constatação de que os criminosos que integram a cúpula do CV continuam emanando suas ordens de dentro da maior penitenciária do Estado, o MPE não cogita a transferência para presídios federais de outras unidades da federação, assegurando que todos os líderes do CV já estão hoje em isolamento na PCE.

A operação Ativo Oculto se fundamenta em investigação instaurada pelo Gaeco e visa a apuração de delitos de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores auferidos pela organização criminosa predominante no Estado.

 

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