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quinta-feira, maio 9, 2024
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ENTREVISTA – Leonardo Bortolin

‘A AMM deve dar apoio ao desenvolvimento dos municípios e fortalecer o municipalismo’

Prefeito de Primavera do Leste, Léo Bortolin é candidato a presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios e pode quebrar a hegemonia de cinco mandatos do atual dirigente

 

Por João Negrão

O prefeito de Primavera do Leste é um político jovem, com atuação desde os 14 anos e inserido na política de seu município desde muito novo, tão logo chegou com sua família na cidade aos 16 anos. Leonardo Bortolin (MDB), ou Léo Bortolin, como é popularmente conhecido, tem 37 anos, é formado em Administração de Empresas e em Direito. Casado, é pai de uma filha, nasceu em Rio Claro (SP), onde iniciou sua militância presidindo o grêmio estudantil de sua escola.

Nesta entrevista ao Grupo Rede de Mídias (RDM), Léo Bortolin fala sobre a sua candidatura a presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), entidade municipalista que já foi administrada por dois outros prefeitos de Primavera do Leste, Vilceu Marcheti e Érico Piana. A tradição de boas gestões quer ser perseguida por Bortolini. Ele descreve sua plataforma de trabalho, especialmente reforçando setores da entidade que ajudem os prefeitos a desenvolver projetos e angariar recursos nos âmbitos estadual e federal.

Conversamos com Léo Bortolin ainda sobre as várias ações de sua administração, como a transformação da cidade de
Primavera do Leste em um importante polo industrial de Mato Grosso. O objetivo é promover o forte desenvolvimento econômico do município e, consequentemente, a geração de emprego e renda. Esta função vem sendo cumprida especialmente com o importante papel da cadeia produtiva do milho. Sem desprezar o estímulo às demais culturas que ajudaram a transformar Primavera do Leste em uma das 100 maiores do agronegócio brasileiro.

Outras ações abordadas com Léo Bortolin foram sobre as políticas públicas da Educação e Saúde. Ele relatou relevantes avanços nessas áreas e ainda no campo da Cultura, com importantes projetos culturais e obras como o Teatro Municipal. O Turismo de Negócios e Eventos também mereceu destaque nesta entrevista.

Por fim, Léo Bortolin, ao ser indagado sobre seu futuro político, vez que já está em seu segundo mandato e não poderá ir à reeleição, ele enfatizou que seu foco é finalizar os avanços de sua administração municipal e, caso seja eleito, empreender uma gestão satisfatória à frente da AMM, ajudando seus colegas prefeitos a conquistar avanços em suas gestões.

RDM Municípios – Prefeito, por que o senhor quer ser presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, a AMM?
Léo Bortolin – Primeiro dizer que a entidade tem um papel fundamental na defesa e no fortalecimento do municipalismo. E eu, assim como diversos prefeitos do Estado, entendemos que a AMM pode ir muito além dos trabalhos e dos serviços que ela faz hoje. O atual presidente está tentando a quinta recondução consecutiva e todos nós defendemos acima de tudo que em qualquer Estado democrático de direito a perpetuação não faz bem para qualquer entidade. Ela deixa de ousar, ela deixa de ter novas idéias ela entra numa zona de conforto e é o que diz outros seis prefeitos que eram pré-candidatos a presidente, bons gestores ao Estado em comum acordo e elegeram a disputa numa candidatura única da oposição elegendo o meu nome pra poder ter essa construção e acredito muito que nós podemos oxigenar a AMM, podemos renová-la levando pautas preponderantes tanto na seara técnica, na qualificação de gestores e seus técnicos, como também ser mais agressivo no que tange o desenvolvimento econômico levando essa discussão a todos os municípios do Estado.

RDM Municípios – O senhor menciona renovar projetos e fazer diferente para atender os municípios. O que o senhor pensa especificamente em relação a isso?
Léo Bortolin – Bom, primeiramente que hoje nós vivemos num estado onde existe muita desigualdade social. Mato Grosso, em que pese ser a balança econômica do Brasil na parte da produção agrícola e hoje passando por um processo acelerado de industrialização, para se ter ideia de todo Brasil, Mato Grosso foi proporcionalmente o estado que mais se industrializou ano passado, mas nós temos muitas dificuldades, desigualdades, dificuldades na parte logística. Nós estamos tratando de um estado que tem a extensão de um continente e onde os desafios da gestão pública são constantes e normalmente o município, quanto mais afastado da capital, maior as suas dificuldades e são esses municípios que necessitam de um apoio ainda maior da entidade. Então como falei no início, a AMM tem que criar e proporcionar um calendário de qualificação permanente, tanto para gestores, quanto para técnicos. Ela tem que passar a ter mais protagonismo em temas de relevância, como agora a reforma tributária, que se aprovada da forma como está ela pode prejudicar cerca de 25% da receita do Governo do Estado, que representa imediatamente uma queda considerável de repasses oriundos aos municípios. Acredito que a AMM tem condição, de forma itinerante, levar aprendizado e se aproximar dos municípios por todas as regiões do Estado. Acredito que a AMM possa exercer um papel muito relevante com base de estudos, podendo ofertar ferramenta para que os municípios consigam aumentar a sua arrecadação própria, tendo em vista que a grande maior parte dos municípios, infelizmente, sobrevive de repasses da União e do Estado e sair um pouco dessa seara técnica, interna, institucional e poder através de estudo técnico levantar de cada município, de cada região do estado e ajudá-los a promover a diminuição da desigualdade social através da oferta de geração de emprego, aumentando as riquezas desses municípios e trabalhando de maneira muito assídua o desenvolvimento econômico regional.

RDM Municípios – Caso eleito presidente da AMM, o senhor teria pretensão de possibilitar uma estrutura ou mesmo um escritório para atender os prefeitos em Brasília?
Léo Bortolin – Temos discutido muito isso com um amplo grupo de prefeitos no sentido de ter um ponto de apoio da AMM para todos os municípios do estado, inclusive para que a AMM seja utilizada como um agente de captação de recursos.
Hoje a União dispõe de diversos programas para atendimento de áreas essenciais, como eu tenho dito a questão do tratamento do resíduo sólido, a questão do saneamento básico dos municípios e infelizmente, em que pese a união dispor desse recurso, eles ainda estão muito distantes das cidades mato-grossenses, então a AMM ela pode sim ser um agente captador e auxiliar nessa esfera de recursos, como o desdobramento de problemas dentro de ministérios e de secretarias executivas aí do Governo Federal.

RDM Municípios – O senhor mencionou resíduos sólidos e outros pontos e isso nos remeteu aos consórcios intermunicipais de várias regiões de Mato Grosso. Queremos saber se o senhor eleito presidente da AMM o que fará para apoiar esses consórcios?
Léo Bortolin – Na verdade, quando você falou em relação a resíduos sólidos, hoje vamos pensar num aterro privado. É muito difícil para o município fazer a estrutura e manter um aterro para dar o devido tratamento e destinação dos resíduos se ele não tem uma capacidade de volume. Então, vamos supor, hoje para um aterro ter viabilidade econômica, ele tem que atender aí uma média de cem toneladas por dia de lixo, podendo circular no máximo de cem quilômetros essa captação de recurso. Então são desafios que, se não for através do pensamento consorciado da parceria entre os municípios, isso não vai acontecer. Nós temos, por exemplo, lá na região de Rondonópolis, na região Sul, um aterro privado que hoje capta resíduos de vários municípios circunvizinhos. Mas a partir do momento que você distancia de cem quilômetros, já tem estudo técnico que fala da inviabilidade econômica para tal fato. Então eu acredito muito que tanto consórcios de desenvolvimento econômico, como também os consórcios de saúde, eles devem sim ser uma grande ferramenta de organização e captação de recursos e solução de conflitos e problemas.

RDM Municípios – Antes de passar para questões sobre a sua administração em Primavera, algum outro ponto que o senhor gostaria de agregar da sua plataforma de campanha para presidência da AMM?
Léo Bortolin – Na verdade, poder de fato resgatar o protagonismo da nossa entidade e fortalecer o relacionamento institucional com diversas entidades que hoje estão muito distantes da AMM, que é o próprio caso do Ministério Público, do Poder Judiciário, das forças de segurança, por quê? Quando você tem uma boa correlação institucional, você consegue desenvolver ferramentas para ambos os lados que possibilitam uma maior eficiência por parte das gestões municipais. Na condição de gestor do município, nós trouxemos todas as entidades para discutir grandes problemas e nós conseguimos alcançar resultados que, independente da estruturação do município, se você tem uma organização já de cima para baixo, da procuradoria do Ministério Público, do Tribunal de Justiça, um alinhamento com a instituição municipalista, a gente consegue dispor de idéias, ferramentas e solução, pacificação de problemas e levar isso para que se reverbere na base do municipalismo. Então são muitos desafios, nós temos que melhorar a otimização do departamento de projetos. Hoje, deixo aqui aos prefeitos um ponto de vista: dificilmente um projeto que é tratado dentro da AMM tem a sua aprovação concretizada, por quê? Ainda falta melhorar a eficiência do departamento de projetos. Acredito muito que a entidade tem que protagonizar ainda mais as defesas de temas de relevância, como mencionei agora a questão da matéria tributária.

RDM Municípios – Queríamos que o senhor falasse sobre a economia de Primavera do Leste, por exemplo, quais são os seus planos para ampliar a agroindústria, enfim, contribuir para que a cidade se desenvolva ainda mais?
Léo Bortolin – Dizer que logo que nós assumimos a gestão, colocamos em nossa meta crucial trabalhar a política pública e social através da oferta de emprego e renda.
Nós pensamos em construir dois pilares, um para fomentar a grande cadeia do comércio de Primavera para que a cidade se consolidasse no cenário do estado como um município pólo para a região Sul, tanto no viés do comércio quanto no viés da agro industrialização e ali nós começamos a mostrar para grandes redes como o Machadão, Atacadão, lojas Havan, que Primavera tinha condição, às vezes não atribuída ao volume da população, mas no contexto da microrregião que hoje ela está inserida. E isso foi algo que nós conseguimos vender positivamente, só que nenhuma grande empresa dificilmente ela vai bater na porta da Prefeitura e falar: nós temos interesse em vir para cá.
Nós estamos falando num estado extremamente competitivo, num Brasil extremamente competitivo, aonde há cidade da gestão buscar através dessas caravanas empresariais e de negócio a oferta de investimento dentro do município, isso aconteceu, isso é realidade e hoje toda a população da região, ela deixa às vezes de ir para outras cidades para poder utilizar do comércio de Primavera. Aqui eu mencionei três grandes redes que hoje estão inseridas e que aconteceram num período num processo da nossa gestão. Nós procuramos identificar a aptidão da nossa região. E qual era aptidão da nossa região? Falando do volume de commodities, que era a produção do milho. Esse é o DNA de Primavera: milho, soja, mas hoje potencializada em cima da cadeia do milho. Nós conseguimos agregar e construir toda a cadeia, desde estudo para uma semente mais eficaz até o seu produto finalmente industrializado. Então, para poder ilustrar bem essa corrente econômica, hoje você tem empresas que pensam em inovação de semente, você tem uma área que passa de duzentos e quarenta mil hectares plantados só de milho, tem uma das maiores áreas irrigadas por pivô que potencializa um híbrido de boa qualidade, que vai te resultar numa semente mais eficaz, você tem12% do beneficiamento de semente de milho, sendo ensacado e envasado em Primavera para o consumo do mercado interno, indústrias essas que através de um trabalho muito forte da gestão conseguimos atrair para o município. Depois disso você tem ainda a produtora FS, produzindo etanol de milho e no seu subproduto DDG, que é matéria prima para outra indústria da Cargill para produzir ração animal. É uma corrente que deu certo! Nós criamos cenários e ferramentas para subsidiar indústrias dentro do município, como hoje o estado de Mato Grosso é um estado que resgatou sua credibilidade, é um estado que passou a ter eficiência administrativa e garantir segurança no segmento empresarial.
Só que o município não pode ficar pra trás disso, o município tem que procurar dentro, é claro, de suas limitações e da sua legalidade, produzir ferramentas para o lado do estado, ao lado da Secretaria de Desenvolvimento Econômico – SEDEC poder oportunizar que indústrias se estabeleçam dentro dos municípios, que consigam agregar valor ao produto e aumentando assim a arrecadação do estado, do município que vai resultar em mais recurso para poder fazer investimentos estruturantes que resultam na melhora da qualidade de vida da população.

 

RDM Municípios – O senhor falou muito do milho, a soja teve um papel importante na economia de Primavera. Qual o lugar da soja hoje?
Léo Bortolin – A soja tem o seu protagonismo também como commodities, agora o que a gente assiste hoje acontecendo é o ciclo completo da estrutura numa cadeia perfeita da indústria do milho. Aonde nós temos como mencionei desde empresas que pensam uma semente melhor, nós temos uma área irrigada considerável, nós temos uma grande área de produção plantada, temos a indústria do etanol e depois com o subproduto da indústria do etanol, que hoje na verdade se tornou tão econômico quanto o etanol até um pouco mais o BDG, ele tá servindo já de base para uma nova indústria que vai utilizá-lo para poder promover ração animal.

RDM Municípios – E o biodiesel, tem alguma produção de biodiesel na cidade?
Léo Bortolin – Tem produção de biodiesel acontecendo, iniciando lá dentro do município e acredito também que em pouco tempo nós teremos várias indústrias no segmento, voltadas também a commodities da soja.

RDM Municípios – Queríamos que o senhor especificasse um pouco como é o trabalho da sua administração em relação às políticas públicas: Educação, Saúde, Assistência Social, etc.
Léo Bortolin – Às vezes a gente tem uma visão um pouco equivocada quando fala: “ah, um município rico”. Quanto mais cresce a sua população, maior a necessidade do estendimento da mão dos serviços públicos, através da ampliação do seu serviço. Então, quando nós iniciamos um mandato, há seis anos, o município tinha nove unidades de saúde, hoje nós temos dezenove unidades. Então nós dobramos e ainda um pouquinho a mais do que se existia, que é a porta de entrada do serviço único de saúde, que é o postinho do bairro, que é a estratégia de saúde da família. E nós procuramos firmar diversas parcerias no Estado para fazer com que Primavera pudesse dar apoio e suporte aos municípios da região através dos atendimentos dos serviços tanto primários, como serviços de média e alta complexidade e isso hoje já é realidade com a clínica de nefrologia, isso já é realidade com o ciclo completo das UTIs. Hoje Primavera tem desde a UTI neonatal, a UTI pediátrica e UTI adulta, podendo possibilitar assim que milhares de vidas sejam salvas de todos os municípios do estado de Mato Grosso. Conseguimos avançar muito em programas, não só de programas básicos, que aonde constitucionalmente é o dever e a obrigação do município, mas elevamos também a possibilidade da discussão e investimentos na média e na alta complexidade.

Agora na área da educação, hoje o município oferta cerca de 10.200 vagas aos alunos da rede pública municipal, quase o mesmo tamanho na rede do Estado e cerca de 6 mil alunos nas redes privadas, ou seja, que vai colocar cerca de um quarto da população estudando entre o primeiro e segundo grau e educação infantil. E nós passamos a levantar um tema muito preponderante, que tem dado um destaque muito legal a educação do município, de levar e potencializar a discussão da inovação e tecnologia dentro das unidades escolares. Para que isso? Para poder preparar o adolescente para as profissões do futuro.

RDM Municípios – Escolas do futuro, que o senhor se refere?
Léo Bortolin – Isso “Escola do Futuro”, esse é o nome do projeto onde a gente instalou as escolas Maker, onde o aluno de nove, dez anos de idade está aprendendo a operar um drone e tendo aula de robótica na sala de aula. O nosso próximo passo é investir na imersão 3D para potencializar. Falava isso ontem em outra entrevista, imagina só, um aluno que nasceu e viveu o tempo inteiro no município que tem como seu bioma preponderante o cerrado e nós podemos, por imersão 3D, levar esse aluno em um ambiente do Pantanal, onde nós podemos levar também no bioma da Amazônia e ele conhecer todo o ambiente ecológico que monta o estado de Mato Grosso. Eu acredito muito que em um futuro muito próximo nós vamos estar ensinando matemática e física através de games dentro das escolas, isso é uma realidade que em países de primeiro mundo já acontece e em algumas questões não é um investimento tão alto, depende do tamanho do investimento que você quer fazer, mas são ferramentas que te traz um equilíbrio, principalmente uma sinergia de aluno – sala de aula. Nós estamos conseguindo adaptar todas essas oficinas de tecnologia, tanto na grade curricular convencional, é claro que atrelado dentro da grade curricular convencional do professor, como também no que tange a parte do contra turno, como ferramenta de combate a vulnerabilidade social.

RDM Municípios – Queríamos que o senhor falasse sobre Cultura, que é um ponto que nos parece ter muito a sua atenção.
Léo Bortolin – Primeiro dizer aqui a todo o grupo RDM que é muito triste você ouvir hoje que o tema de Cultura não é tão explorado. A Cultura deve ser sim, não só um agente transformador da sociedade, seja como ferramenta na transformação social através de equipamentos e ações que retirem a criança e o adolescente da rua e oportunize um preenchimento com qualidade de vida no contra turno escolar, seja na parte de profissionalização artística e nós acreditamos muito, eu sou um grande defensor de que a cultura é o melhor instrumento de transformação de uma sociedade. E exemplo disso foi a todas as reformas orçamentárias que fizemos para poder garantir que programas e serviços acontecessem de maneira descentralizadas e que investimentos estruturantes em equipamentos públicos de natureza cultural acontecesse. Eu lembro que quando nós começamos a construir o Teatro Municipal, recebi muita pedrada de tudo quanto é lado: “ah, tá jogando dinheiro fora com teatro, tá deixando de investir em Saúde pra investir em Cultura”. Na verdade, uma população, uma sociedade que tenha a sua cultura de cultura, ela é uma sociedade que vai ter mais garantia de saúde, é uma sociedade que vai ter um número menor de violência, é comprovado que cada real investido em Cultura, são cinco reais que você vai deixar de investir em Segurança Pública. Nós conseguimos potencializar as escolas de música, de dança, a escola de teatro, que hoje são onze pólos dentro do município e em parceria com o estado levamos para o município de Primavera o Festival Velha Joana, que é o maior festival de teatro hoje de Mato Grosso, conseguimos ampliar nossa rede de biblioteca, hoje o município tem inclusive biblioteca com possibilidade de impressão em braile para melhorar o acesso à cultura. Independente das necessidades do cidadão, ele pode ter acesso a cultura de graça e de qualidade.

RDM Municípios – Primavera tem sido também um polo de Turismo de Negócios e Eventos, que se desenvolve aí e impulsiona a economia. Fale também sobre.
Léo Bortolin – É, na verdade Primavera hoje ela pode ser explorada na área de turismo em dois segmentos: o Turismo Ecológico, com destaque a Lagoa Azul e seus parques urbanos; e o Turismo do Agronegócio, pensar a tecnologia. Primavera, através do Sindicato dos Produtores Rurais, reformatou o evento anual que tinha voltado a tela do agronegócio e fomentou a Farm Show, levando inovação e tecnologia.
Só que isso tem desenrolado diversos outros eventos durante todo o ano no município, levando para lá essa discussão da inovação, da tecnologia do campo. Então, fomentando que esse turismo do agronegócio, do aperfeiçoamento do conhecimento de fato aconteça. Agora realmente hoje tem sido palco para a discussão principalmente do agronegócio brasileiro e que tem levado diariamente centenas de pessoas, de técnicos para poder aprender, para poder fazer um intercâmbio de boas práticas e convergindo assim em resultados no tão falado turismo do agronegócio.

RDM Municípios – Falemos de infraestrutura. Fale sobre as obras urbanas, saneamento, enfim, sobre melhorias neste aspecto que o senhor desenvolve.
Léo Bortolin – É, na verdade, sobre a parte de saneamento, hoje o município caminha para 85% de cobertura, trazendo o início da discussão da universalização do esgoto. Já na parte de água tratada, hoje a gente consegue ofertar a água de qualidade a 100% da população e com destaque as obras, acredito que de qualidade de vida, porque a população ela tem que ser assim, ela tem que ter a garantia da educação, tem que ter a garantia da saúde, mas ela não pode deixar de lado de ter o seu lazer gratuito de qualidade. Quando eram 34 praças, hoje são 54 dentro do município, todas elas sendo revitalizadas para poder oportunizar tanto ao morador do centro, quanto ao morador do bairro mais longínquo a mesma qualidade de atendimento de equipamento público.
Primavera hoje tem uma das maiores frotas per capta de veículos do Brasil. Passa de 73 mil veículos emplacados. E nós tínhamos muito o grande desafio de fazer obras estruturantes para comunicar a cidade e isso foi feito, então hoje nós podemos dar exemplo aí de seis, sete obras que foram fundamentais para que a trafegabilidade urbana acontecesse de maneira segura e sem que problemas de sobrecarga numa via acontecesse. Conseguimos melhorar a mobilidade urbana, conseguimos levar equipamentos ligados a saúde, conseguimos criar um itinerário ciclo viário para garantir tanto aos desportistas como para a finalidade de transporte, a segurança dos ciclistas do município de Primavera, que é uma cidade plana e tem também essa cultura da bicicleta e enfim, acredito que nós conseguimos evoluir muito nesses seis anos e melhorando aquilo que era bom.

RDM Municípios – Prefeito Léo Bortolini, o senhor encerra no ano que vem o seu segundo mandato e não poderá mais ser reeleito. Qual será o seu futuro político?
Léo Bortolin – Bom João, na verdade hoje o nosso projeto é podermos construir ao lado dos prefeitos, ser eleito presidente da AMM e poder exercer um papel muito além do que a entidade faz hoje. Voltando o protagonismo da nossa entidade, podendo dar suporte ao fortalecimento do municipalismo, fazendo defesa real sobre temas preponderantes aos municípios e ajudando a desenvolver as cidades de Mato Grosso. Então, eu acredito que nesse momento nosso foco seja terminar a gestão melhor do que encontramos e se dedicar muito para construir uma emenda diferente.

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