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sexta-feira, maio 17, 2024
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Empresa pede audiência com Mauro e aponta possível prevaricação de Gilberto

Por Vinicius Mendes, Gazeta Digital

Por meio de nota, a Síntese Comercial Hospitalar pediu uma audiência com o governador Mauro Mendes (União) para entregar as provas referentes à denúncia que fez sobre o suposto cartel na Secretaria de Estado de Saúde (SES). Também afirmou que o deputado estadual Gilberto Figueiredo (União) pode ter prevaricado, pois recebeu a denúncia há dois meses, quando ainda ocupava o cargo de secretário estadual.

Na manhã dessa segunda-feira (15), Mauro Mendes evitou polemizar o assunto, mas disse que espera a conclusão das investigações policiais e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para adotar as devidas providências.

“Isso tem que ser conduzido pelo polícia, se tem uma denúncia, tem que entregar para investigar. Quem está na vida pública tem que dar explicações, agora quem acusa tem que provar. Eu pedi que nossa procuradoria possa entender o que está acontecendo para fazer tudo aquilo dentro da previsão legal”, disse.

A empresa afirma, na nota, que há mais de dois meses todo o teor da denúncia já está com o Ministério Público, com a Justiça Estadual e com o Tribunal de Contas da União (TCU).

A Síntese solicitou audiência com o governador “considerando a preocupação pessoal do Governador em investigar as irregularidades, ilegalidades e crimes que apresentamos em nossas denúncias e representações”, para entregar todos os documentos e provas.

Ela também mencionou as declarações do deputado Gilberto Figueiredo, que criticou o presidente da Síntese por causa da denúncia envolvendo a secretária-adjunta da Saúde, Kelluby de Oliveira, e as empresas investigadas por formação de cartel na pasta.

“Isso é desconfortável e provavelmente ele vai responder por isso. Pessoas que foram citadas em forma de calunia e difamação, até mesmo porque tudo foi feito de forma legal e respaldada pela Procuradoria-Geral do Estado. Agora, colocar atributos em pessoas sérias, é uma irresponsabilidade”, disse Gilberto.

A prestadora de serviços questionou a fala de que “a Síntese não possui sequer um ofício protocolado na Secretaria de Estado reclamando por algum fator”. Conforme apurado pelo Gazeta Digital, a denúncia foi encaminhada ao então secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo no dia 24 de março.

No documento enviado, a Síntese já relata que em 19 de outubro de 2022, por meio de um ofício (identificado na denúncia) a empresa foi informada pela diretora- geral do Hospital Metropolitano de Várzea Grande que foi aderida uma suposta ata de preços, de outra empresa, e que a partir daquela data a Síntese deveria suspender o fornecimento de materiais, sendo que este serviço agora seria de exclusividade da empresa recém-contratada.

A Síntese também informou ao secretário o número do contrato com esta outra empresa.

“Quanto à manifestação do Deputado Estadual Gilberto, talvez por ter sido o secretário da SES durante a grande parte dos anos recentes marcados pela franca atividade ilegal da Medtrauma e empresas afins, e exponencial avanço do faturamento das mesmas, seja a razão pela defesa incondicional dos atos administrativos constantes da denúncia da Síntese sobre dispensas, contratações e até mesmo pagamentos milionários por indenização, taxando que a denunciante ‘mentiu descaradamente’”, disse na nota desta semana.

“A bem da verdade, o então secretário teve oportunidade de agir frente às ilegalidades, mas não o fez, cabendo a ele responder o porquê. Podendo incorrer em prevaricação com relação às denúncias. Após 2 meses de omissão, somente depois da Síntese ter escalado a denúncia ao conhecimento do controle social (mídia) é que o secretário-deputado suscita que a Síntese esteja ressentida por ter parte de seu contrato ‘rompido’”, afirmou também.

A empresa, por fim, garantiu que irá continuar agindo do mesmo modo, independente de ameaças de retaliações ou tentativas de intimidação feitas por autoridades políticas.

“Chama a atenção é que, de um lado, a cautela do Governador em querer em mãos a denúncia para que se proceda a investigação e se responsabilize eventualmente. Lado outro, ex-secretário defende incondicionalmente todos os atos e faz ameaças a quem denuncia, desacreditando-a de plano, e que responsabilizará ‘até a última gota’”.

 

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