Botelho já deu inúmeros prazos para Mendes, porém, o governador já deixou clara sua preferência por Fábio e colocou pesquisa qualitativa como critério
Por Kamila Arruda, Leiagora
Após já ter desconsiderado vários prazos dado ao governador Mauro Mendes (União) para uma definição de quem será o candidato do União Brasil a prefeito de Cuiabá, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, ainda insiste em cobrar um posicionamento do chefe do Executivo e também presidente da legenda. O fato é que Mendes já declarou, várias vezes, sua preferência pelo secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, e optou por adotar uma pesquisa qualitativa para definição.
Só que Botelho também insiste em não concordar com este critério e segue persisitindo em mais uma conversa com Mendes. O deputado já havia dito que não passaria de outubro, depois novembro e agora dezembro. Como nova tentativa de pressionar Mendes, o presidente do Legislativo alega que em janeiro já quer começar a montar a chapa proporcional.
“Precisamos definir, não dá mais. Disse isso a ele [Mauro Mendes] antes de ele viajar. Precisamos começar o ano definindo a chapa de vereador, pelo menos criando essa expectativa para os pré-candidatos para onde eles têm que ir, uma vez que eles têm até março para fazer as filiações. Não dá para gente ficar postergando mais essa decisão”, declarou Botelho na manhã desta segunda-feira (4), na Assembleia Legislativa, onde participava de uma sessão solene em homenagem aos 90 anos de regulação da profissão de engenheiro agrônomo.
O prazo de março a que Botelho se refere trata-se da janela partidária. Período em que é permitido que os vereadores com mandato possam trocar de legenda sem sofrer risco de perder os mandatos.
“Vamos esperar o governador retornar, a palavra final vai ser do governador. Ele mesmo disse que faz questão de decidir sobre a Capital. Então, dentro do União estamos aguardando ele para uma definição”, colocou o parlamentar.
Mendes embarcou na última quinta-feira (30) para uma missão oficial aos Emirados Árabes Unidos, onde participa da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai. Ele retorna a Mato Grosso somente no dia 10.
Questionado se não teme ficar preso no partido caso não seja o escolhido para disputar a eleição, Botelho aposta na liberação do governador para se filiar ao PSD. “Acredito que se não tiver entendimento ele vai liberar sim”, finalizou.