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quinta-feira, maio 9, 2024
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“Discurso de Emanuel não cola; ou será que a PF persegue ele?”

A vereadora Michelly Alencar (DEM) afirmou que, após a operação da Polícia Federal apontar novas suspeitas de corrupção na Secretaria de Saúde de Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) precisará mudar o discurso de que sofre “perseguição” por parte da Polícia Civil.

A secretaria, que já foi alvo de ações da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), na semana passada foi alvo de nova batida da Polícia Federal, na Operação Curare, que investiga esquemas em empresas que receberam pelo menos R$ 45 milhões da Prefeitura.

“Acho que Emanuel vai ter que mudar o discurso de vítima. Não cola mais. Ou ele vai falar que a Polícia Federal também está contra ele? Esse discurso não dá mais”, completou.

Acho que Emanuel vai ter que mudar o discurso de vítima. Não cola mais. Ou ele vai falar que a Polícia Federal também está contra ele?
Para a vereadora, o depoimento da ex-secretária de Saúde Elizeth Araújo à CPI dos Medicamentos Vencidos na Câmara de Cuiabá, na semana passada, revelou que era impossível que Emanuel não soubesse das irregularidades na Saúde.

Elizeth esteve à frente da Pasta entre janeiro de 2017 e março de 2018. Ela foi a primeira a assumir a Saúde, no primeiro mandato de Emanuel.

“A secretária deixou muito claro que o prefeito sabia, e sabe, de tudo o que está acontecendo… Que ele compactua com tudo isso e aceitou todas as pressões externas, de empresários, e foi colocando tanta gente na Prefeitura que hoje faz parte do grupo dele. Ele sabe de tudo”, disse.

Para Michelly, permaneceram à frente da Saúde apenas secretários alinhados com o que foi determinado por Emanuel.

“Tanto que foi por isso que Elizeth não ficou. Ela disse que ele falou ‘agora, quem vai montar essa equipe sou eu, eu que vou dizer quem vai ficar e quem vai sair, e como as coisas vão acontecer’. E ela disse que se fosse dessa maneira, ela sairia. E saiu”, afirmou.

Afastados judicialmente

A pasta já teve cinco gestores, dos quais dois pediram para sair – Elizeth e Ozenira Félix –, enquanto outro três foram afastados por determinação judicial, em razão de operações policiais: Huark Douglas, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho e Célio Rodrigues.

“Todos aqueles que não se permitiram viver o mandato de corrupção dele não ficaram lá e aqueles que permaneceram estão caindo. Ou seja, um dos maiores gargalos mesmo está na Saúde e ele está compactuando com tudo”, disse a vereadora.

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