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quinta-feira, maio 16, 2024
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Direitos Humanos: a plenitude de um sacerdócio

Vivemos em tempos de silenciamento, onde as vozes que formam a base da sociedade têm seus direitos diariamente violados, seja pelas políticas antissociais, seja pela incompreensão histórica do não-aceitar o Outro (o diferente).

Direitos Humanos são um conjunto de princípios e diretrizes que deva ser o manancial para qualquer sociedade democrática, e para qualquer governo republicano (no sentido clássico da palavra). Deve ser o eixo orientador e o texto sacralizado de seu povo. Deve extrapolar o sentido normativo do Direito e reivindicar seu conceito sociológico e sua cultura antropológica.

Direitos Humanos, não é apenas para humanos, mas é condição sine qua non para se dizer humano, em uma sociedade onde as leis imperam para conter o pleno direito de existir, e a negação constante de sua pluralidade.

Direitos Humanos deve ser o sopro, o alento de um povo, de uma nação, de sua bandeira. Deve ser a carta de princípios éticos que formam o conceito fundante de se viver em sociedade.

Vivemos em tempos de silenciamento, onde as vozes que formam a base da sociedade têm seus direitos diariamente violados

Direitos Humanos, não são apenas artigos de legislação, mas sim o próprio fundamento de sua evocação, quando a sua defesa requer a compreensão total de sua conjuntura.

Direitos Humanos, é a cruzada martírica em prol dos que sofrem nas mãos da seletividade política, da Palavra mau empregada, do substantivo repressivo.

Direitos Humanos, é a literatura oficial de uma coletânea cidadã. É a poesia que norteia seu povo, e a sua defesa constante, iguala-se, em igual aspecto, à plenitude do sacerdócio.

Direitos humanos, humano na essência, humano na aparência.

Rodrigues Schneider de Amorim Souza é cientista social e especialista em políticas de segurança pública e direitos humanos pela UFMT.

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