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segunda-feira, maio 13, 2024
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Deputado vê com preocupação indicação de Flávio Dino ao STF

Para Coronel Assis, o ministro tem atitudes antidemocráticas que são incompatíveis com o papel de um membro da Justiça

Por Paulo Henrique, Leiagora 

“A palavra do dia é Preocupação”. Esta foi a forma que o deputado federal Coronel Assis (União) respondeu à imprensa ao ser questionado na manhã desta segunda-feira (27) como ele recebe a notícia de que o presidente Lula (PT) indicou o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino ao cargo no Supremo Tribunal Federal (STF). Sempre crítico às atitudes de Dino, Assis reconhece a legitimidade do presidente em indicar quem quer que seja ao STF, todavia, não vê com bons olhos o nome do atual ministro em virtude de suas “atitudes antidemocráticas”.

“Vejo com preocupação uma vez que o Dino, a meu ver, comete inúmeras ações e atitudes antidemocráticas. A partir do momento que um ministro de estado devidamente nomeado pelo governo não se faz presente a uma convocação de uma câmara temática da Câmara dos Deputados, no Congresso que é alicerçada no artigo 50 da Constituição Federal e que ele não vai e encaminha ofício até nosso presidente dando desculpas, parece que não se justificam, porque, se não for atitudes antidemocráticas, eu não sei o que é”, afirma o deputado.

Assis também relembra duas passagens polêmicas de Flávio Dino no Ministério da Justifica, a primeira ocorrida em março deste ano quando Dino visitou o Complexo da Maré para participar de uma atividade em uma ONG do Rio de Janeiro. Parlamentares da oposição afirmam que seria impossível entrar no local sem uma grande escolta policial ou com o aval positivo do crime organizado que comanda o complexo de favelas.

Outra polêmica foi revelada neste mês pela imprensa que descobriu que uma mulher casada com um comandante do crime organizado havia feito ao menos três visitas ao Ministério da Justiça. A mulher que é apelidada de “Dama do tráfico” teria se encontrado com subordinados de Flávio Dino. Mesmo que o ministro afirme que não tinha conhecimento da situação, Coronel Assis afirma que isso causa uma estranheza.

Quem também demonstrou preocupação com a situação foi a deputada federal Amália Barros (PL). Nas redes sociais, a parlamentar cobra que o Senado Federal, que tem a obrigação de realizar uma sabatina e aprovar o nome do ministro do STF, rejeite a indicação de Lula.

“O Senado terá que fazer sua parte e não aprovar. Não tenho dúvida que para isso teremos uma grande mobilização popular. Já comecem a cobrar seus senadores”, diz a deputada.

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