Jean Gusmão
A deputada Janaína Riva (MDB) faz críticas à invasão de propriedade, defendendo que o governo precisa implementar mais programas habitacionais, buscando melhorias e ampliação para atender toda a população necessitada.
“Eu defendo o direito à propriedade com certeza. Não podemos viver numa sociedade que respalde qualquer tipo de invasão. Você sabe a insegurança que isso traz, não só econômica, social e os impactos sociais e econômicos. O que nós precisamos é reforçar os programas habitacionais, tentar melhorar a qualidade dos programas, ampliar, e a Assembleia tem orçamento para isso”, pontua a deputada.
A parlamentar afirma que é preciso uma interlocução da Assembleia Legislativa junto com o governo do estado para encontrar uma solução para os assentados do Brasil 21, mas com uma averiguação das pessoas que têm realmente necessidade de uma moradia.
“Eu sei que o Brasil 21 tem um dono pela decisão judicial, havendo um dono, então cabe à Assembleia fazer uma interlocução junto ao governo e tentar abrigar essas pessoas numa condição melhor, algo mais humano. Agora, aqueles que precisam de fato, pois vimos vídeos de casas que não representam pessoas que não têm onde morar, sendo casas de investimento de 500 mil, então algo não está batendo.”
Diante disso, os assentados do Brasil 21 estiveram na frente do Palácio Paiaguás, junto com o deputado Wilson Santos (PSD) e o deputado Valdir Barranco (PT), e também estiveram na Assembleia Legislativa, para tentar um acordo com o governo estadual, no qual os deputados querem que a área seja comprada pelo estado, para que seja entregue aos ex-moradores do assentamento.
Com isso, a deputada Janaína diz que o governo não precisa se sentir pressionado pelos deputados e moradores que reivindicam a compra da área, pois ela vê que a Assembleia não pode criar despesas para o executivo.
“O estado comprar é uma opção, mas o estado comprar seria uma iniciativa do estado, e a gente sabe disso. E eu acho muito ruim a gente fomentar essa esperança nessas pessoas, porque ali tem muita gente que investiu tudo o que tem. Então, se o governo tem interesse, o governo tem que mandar esse projeto para cá, e se a gente aprovar alguma coisa nesse sentido, é inócuo, e a gente não pode criar despesas para o executivo”, finaliza Janaína.