CRM-MT suspende registro de médico denunciado por duplo homicídio cometido em Peixoto de Azevedo

Redação

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) suspendeu o registro profissional do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, denunciado pelo Ministério Público por participação em quatro homicídios qualificados, sendo dois consumados e dois tentados. O crime aconteceu no município de Peixoto de Azevedo, em 21 de abril deste ano.

Estão envolvidos no crime Bruno, sua mãe Inês Gemilaki e o padrasto do médico, Marcio Ferreira Gonçalves. Depois de dois dias foragidos, eles foram presos no dia 23 de abril, e estão na prisão em Peixoto de Azevedo.

O CRM-MT informou que analisou a recomendação de interdição cautelar do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, e por unanimidade, os conselheiros aprovaram a interdição cautelar total do exercício profissional do médico, por entenderem que o seu envolvimento nos crimes que ocorreram em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art.. 30 do Código de Processo Ético-Profissional.

Ainda, segundo o Conselho, a análise do caso por parte dos conselheiros observou tanto a ação de Bruno, apontado pelo Ministério Público como um dos autores dos crimes, quanto sua omissão ao não prestar socorro às vítimas. A suspensão do exercício profissional do médico passa a valer imediatamente após o Conselho Federal de Medicina referendar a decisão do CRM-MT.

O Crime 

Um casal, mãe e filho, invadiu a casa, atirando em várias pessoas que estavam presentes. Duas delas foram atingidas e morreram no local, um terceira foi baleada e encaminhada ao hospital. O grupo na casa estava em uma confraternização, quando Inês e Bruno invadiram o local atirando aleatoriamente, e depois fugiram.

Testemunhas relataram que acontecia um aniversário quando os atiradores chegaram e descarregaram a arma contra os convidados. Toda a ação foi gravado por uma câmara de segurança.

De acordo com a delegada Anna Paula Marien, da Delegacia da Polícia Civil de Peixoto de Azevedo, uma dívida de um imóvel que estava alugada pela suspeita foi o que motivou o crime. Segundo a delegada, a suspeita locava o imóvel e após sair do local, deixou algumas dívidas, mas não estava de acordo com os valores cobrados e acionou a justiça para resolver o caso.

Após alguns desentendimentos entre o dono do imóvel e a suspeita,  ela teria ido até a delegacia registrar um boletim de ocorrência contra o proprietário da casa, mas logo após sair da delegacia, a mesma foi pessoalmente “acertar das contas”.

Clique aqui e entre no grupo RDM no Whatsapp

Sair da versão mobile