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quinta-feira, maio 9, 2024
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Crime de Paccola completa 1 ano e processo está ‘parado’

Por Silvana Ribas, Gazeta Digital

Neste sábado (1º) completa um ano da execução do agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41, o Japão, com 3 tiros pelas costas. Ação penal está sem qualquer movimentação desde o dia 20 de abril, data em que o magistrado Wladimir Perri autorizou a devolução dos celulares do réu, o ex-vereador e tenente-coronel aposentado da Polícia Militar, Marcos Eduardo Ticianel Paccola, 39, que responde pelo homicídio em liberdade. A fase dos depoimentos foi concluída e aguarda a decisão do juiz, titular da 12ª Vara Criminal, inclusive acerca de um novo pedido para realização de reprodução simulada, feito pelo próprio Paccola em audiência realizada no dia 10 de março. A próxima fase é dos memoriais finais da acusação e defesa para que depois o magistrado decida se Paccola vai ou não enfrentar o júri popular.

O crime teve grande repercussão na Capital e resultou na perda do mandato de Paccola, na Câmara Municipal de Cuiabá. Com 22 anos de atuação na Polícia Militar, em decorrência do homicídio, o oficial da reserva teve o porte de arma suspenso.

Conforme denúncia do Ministério Público, com base na investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi praticado por motivo torpe, mediante disparos de arma de fogo, e utilizando-se de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

No dia 1º de julho de 2022, por volta das 19h40, na rua Presidente Arthur Bernardes, no bairro Quilombo, Alexandre estava na companhia da convivente Janaína Maria Santos Cícero de Sá Caldas, sendo que ela se encontrava na condução do veículo do casal e entrou na via em alta velocidade e na contramão, quando parou o carro, desceu do veículo e, visivelmente descontrolada, passou a discutir e xingar as pessoas que se encontravam no local.

Em meio a uma série de impropérios, Janaína instigou Alexandre para que sacasse a arma de fogo, o que efetivamente foi feito, em aparente objetivo de evitar que Janaína se apossasse da arma que estava na cintura, bem como com a intenção de dissuadir que as pessoas que por ela eram xingadas viessem a investir contra ela. Imagens de câmeras no local mostram que Paccola transitava pela avenida Filinto Müller e, ao verificar que ocorria uma confusão na rua, desceu do carro, atravessou a avenida e abordou os transeuntes, questionando o que estava acontecendo.

Ele foi informado, inicialmente, que se tratava de uma discussão de trânsito e depois foi informado que um homem estaria armado. Paccola se aproximou da vítima já apontando a arma, visualizou que Alexandre estava com a arma de fogo nas mãos e de costas para ele, andando na mesma direção da companheira, que seguia um pouco à frente, oportunidade em que efetuou 3 disparos contra a vítima que resultaram na sua morte.

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