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terça-feira, julho 2, 2024
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Conheça os municípios de Mato Grosso que faz aniversários em julho

Soprando ‘velinhas’: Apiacás, Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Juruena, Matupá, Nova Mutumu e São José do Povo são os municípios que comemoram aniversário no mês de julho

Por Vanessa Alves, Revista Municípios 

Apiacás, a cidade do ouro, completa 36 anos

Apiacás localiza-se no extremo norte do estado de Mato Grosso, com uma população municipal estimada em 8.590 habitantes, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022.

A força motriz da economia local reside na exploração mineral (ouro) e vegetal, impulsionando o extrativismo. A agricultura, com destaque para o cultivo de algodão e arroz, e a pecuária, com foco na criação, recria e produção de leite, também contribuem significativamente para o desenvolvimento do município.

O PIB gira em torno de R$ 233,8 milhões, com 35,6% desse valor advindo da administração pública. A agropecuária (28,2%), os serviços (27,2%) e a indústria (9%) completam o quadro econômico. O PIB per capita do município, por sua vez, alcança R$ 22,4 mil, ficando abaixo da média estadual de R$ 65,4 mil.

Os primeiros vestígios de ocupação da região datam de 7 de julho de 1891, quando, no auge do ciclo da borracha, o governador coronel João Nepomuceno de Medeiros Mallet estabeleceu uma agência de arrecadação fiscal no local que hoje abriga o município.

Com o declínio da economia da borracha, a colonização efetiva de Apiacás se deu por meio da Indeco, empresa de Ariosto da Riva. Em 6 de julho de 1988, a Lei Estadual nº 5.322 oficializou a criação do município.

História

O nome “Apiacás”, originalmente no plural, possui raízes geográficas, fazendo referência ao rio e à serra homônimos. Seguindo convenções antropológicas, ao se referir a tribos ou nações indígenas, o termo correto é empregado no singular.

Essa denominação também serve como uma justa homenagem ao povo indígena Apiaká, falante da família linguística Tupi, que atualmente reside na área indígena Apiaká-Kayabi, na aldeia Mairobi, no município de Juara. A pintura corporal, especialmente facial, é uma característica marcante da cultura Apiaká.

O território ancestral do povo Apiaká se limitava com as terras dos Munduruku, Kayabí e Rikbaktsa. A exuberância natural e os recursos abundantes da região a tornavam alvo de frequentes disputas entre essas tribos.

Apiacás se destaca como um município próspero, marcado pela pujança da economia, pela rica história e pela vibrante cultura indígena. A cidade, banhada por belezas naturais, ostenta um povo hospitaleiro.

Campo Verde e o agro promissor 

Campo Verde é uma cidade que possui um grande potencial de crescimento em diversos setores, como a agrotecnologia, a indústria de alimentos e o turismo. Apesar de muito jovem, apenas 36 anos, vem apresentando um crescimento muito rápido.

Emancipado em 4 de julho de 1988, pela Lei Estadual nº 5.314, Campo Verde possui atualmente 44.585 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2022). O PIB da cidade é de cerca de R$ 5 bilhões, com 57,8% do valor adicionado vindo da agropecuária, na sequência, aparecem as participações dos serviços (24,7%), da indústria (10,7%) e da administração pública (6,8%).

A base da economia de Campo Verde é o agronegócio, com destaque para a produção de soja, milho, algodão e feijão. A agricultura familiar desempenha um papel importante na economia local, gerando renda e emprego para milhares de famílias. A pecuária também é relevante, com a criação de gados de corte e leiteiro.

Apesar dos desafios do crescimento rápido, como a infraestrutura urbana, a gestão ambiental e o desenvolvimento social, as perspectivas para Campo Verde são positivas.

Com planejamento estratégico e investimentos em infraestrutura e educação, Campo Verde está preparada para se consolidar como um dos principais municípios do Brasil, impulsionando o desenvolvimento regional e contribuindo para o futuro do país.

História

A história de Campo Verde, em Mato Grosso, se inicia no final do século XIX, com a chegada das famílias Borges e Fernandes, vindas de Bagagem (atual Cruzeiro do Sul). Instalando-se às margens dos rios São Lourenço e das Mortes, fundaram as fazendas Buriti dos Borges e Deputado, respectivamente.

Em 1924, a Coluna Prestes, liderada por Luiz Carlos Prestes, marcou presença na região durante a Marcha para o Oeste, evento crucial na história brasileira.

O local, hoje distrito de São José do Rio Claro, abriga o Museu da História de Campo Verde Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, em homenagem ao célebre sertanista.

O desenvolvimento de Campo Verde como cidade teve início na década de 1960, impulsionado pela migração de sulistas e pela construção da rodovia BR-070. Em 1974, o gaúcho Otávio Eckert instalou um posto de combustível no entroncamento com a MT-140, dando origem ao embrião da futura cidade.

Anos depois, em 1979, Júlio Pavlak criou o Loteamento Jupiara com o objetivo de fundar uma nova cidade. Em 1984, Otávio Eckert lançou o loteamento Campo Real, consolidando o projeto urbano. O nome “Campo Verde” foi escolhido por plebiscito entre os moradores, em referência às extensas plantações de soja que caracterizavam a paisagem durante a safra.

O município foi emancipado em 4 de julho de 1988, pela Lei Estadual nº 5.314, desmembrando-se de Cuiabá e Dom Aquino. Desde então, Campo Verde se consolidou como um dos principais polos do agronegócio brasileiro.

Turismo

Campo Verde é um daqueles lugares onde a natureza reuniu clima e solo favoráveis à agricultura e belezas naturais capazes de formar um cenário de rara beleza. São morros, serras, rios, riachos, lagos, cavernas e formações rochosas que encantam moradores e visitantes.

Um dos mais belos cenários está na região da comunidade histórica de Capim Branco, que, além de casas centenárias, construídas durante o processo de ocupação da região, ainda no século 19, é cercada pelos morros da Cruz e da Rapadura.

Capim Branco, que tem no seu entorno várias cachoeiras, conta com uma pequena estrutura capaz de oferecer conforto aos visitantes, como restaurantes, pesque e pague e um balneário dotado de piscina e área de descanso. As cachoeiras estão em áreas particulares e a visitação só pode ser feita com autorização dos proprietários.

A caverna “Aroe Jari”, também conhecida como “Caverna do Francês”, fica localizada a 49 km de Campo Verde, na fazenda Água Fria. Com cerca de 1,5 mil metros de extensão, tem em seu interior a “Lagoa Azul”, que ganhou esse nome devido à coloração azulada da água causada pela incidência dos raios do sol em determinadas épocas do ano.

Na fazenda Água Fria, estão também a “Ponte de Pedra”, a “Pedra do Monjolo” e a cachoeira Almiscarada. Com cerca de 10 metros de altura, a queda d’água é uma das mais belas da região. Outro atrativo da propriedade é a caverna “Kiodo Brado”. Com cerca de 200 metros de extensão e 50 metros de altura, o atrativo se assemelha a uma grande catedral.

Localizada em uma fazenda a cerca de 25 quilômetros de Campo Verde, na região da Agrovila João Ponce de Arruda, a “Cidade de Pedra” tem esse nome devido às formações rochosas que afloram em meio ao cerrado. O lugar conta também com um cânion com 600 metros de comprimento, 80 metros de largura e 50 metros de profundidade. O atrativo está em uma propriedade particular onde a entrada só é permitida com autorização e não conta com infraestrutura para receber turistas.

A região da Agrovila é rica em cachoeiras. São Pelo menos 10 localizadas em propriedades particulares, algumas delas com mais de 15 metros de altura, e várias outras de porte menor, além de corredeiras de águas cristalinas.

Chapada dos Guimarães, beleza inesquecível do Centro-Oeste 

Chapada dos Guimarães completa em 31 de julho, 71 anos de emancipação

No coração de Mato Grosso, onde a exuberância da natureza se encontra com a história e a cultura, surge Chapada dos Guimarães, que completa, em 31 de julho, 71 anos de emancipação. Mais do que um município, esta região é um portal para um mundo de belezas inigualáveis, um refúgio para aventureiros e amantes da natureza.

O município se destaca por seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. A preservação da rica biodiversidade da região é prioridade para o município.

Com cerca de 18.900 habitantes (IBGE, 2022), Chapada se caracteriza por seu povo hospitaleiro e acolhedor. O PIB da cidade é de cerca de R$ 1,2 bilhão. Com esta estrutura, o PIB per capita é de R$ 53,9 mil, valor inferior à média do estado (R$ 65,4 mil).

A economia é diversificada, com destaque para a agricultura, o turismo e o artesanato. A produção agrícola local abastece o mercado regional e nacional, com destaque para o cultivo de café, frutas e hortaliças. O turismo ecológico atrai visitantes de todo o país e do exterior, que se encantam com as paisagens deslumbrantes e as atividades de aventura disponíveis na região.

A história de Chapada dos Guimarães se entrelaça com a própria história do Brasil. Os primeiros habitantes da região foram povos indígenas, que deixaram marcas de sua presença em pinturas rupestres e sítios arqueológicos. No século XVIII, bandeirantes e missionários chegaram à região, desbravando as serras e iniciando o processo de colonização.

A fundação oficial do núcleo que originou o atual município de Chapada dos Guimarães deu-se no ano de 1751. O primeiro homem branco a instalar-se em

Chapada dos Guimarães foi o paulista Antônio de Almeida Lara que, por volta de 1722, abriu a sua fazenda, e, depois, o engenho do Buriti. Lara chegou a Cuiabá em 1720 numa das levas de bandeirantes pioneiros. Em 1721, como fazia pesquisas auríferas no rio Coxipó acima, tudo leva a crer que tenha sido ele um dos fundadores do Arraial da Forquilha.

A primeira denominação foi Sant′Ana da Chapada, nome da célebre missão dos jesuítas comandada pelo padre Estevão de Castro. Mais tarde, o nome foi alterado para Chapada de Cuiabá. Não demorou muito e o nome foi novamente modificado, dessa feita para Sant′Ana da Chapada de Guimarães. Nessa ocasião, governava a Capitania de Mato Grosso o capitão general Luíz Pinto de Souza Coutinho – Visconde de Balsemão, que, acatando sugestão de portugueses naturais da cidade de Guimarães, acrescentou à denominação de Sant′Ana da Chapada o termo ‘de Guimarães’. Outra fonte dá o termo como homenagem ao duque de Guimarães, por imposição do mesmo visconde de Balsemão.

A cachoeira Véu da Noiva é um dos principais cartões-postais de Chapada dos Guimarães

Curiosidades

A cidade abriga o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, um dos mais importantes parques nacionais do Brasil, com rica biodiversidade e paisagens exuberantes.

O município é conhecido como a “Capital da Aventura” do Brasil, oferecendo diversas opções de atividades para os amantes da natureza, como trilhas, escaladas, rapel e rafting.

A cachoeira Véu da Noiva é um dos principais cartões-postais de Chapada dos Guimarães, com uma queda d’água de 80 metros de altura.

A gruta da Lapa Vermelha é um importante sítio arqueológico, com pinturas rupestres que datam de milhares de anos.

Turismo

Chapada dos Guimarães tem vários atrativos turísticos: 46 sítios arqueológicos; dois sítios paleontológicos; 59 nascentes; 487 cachoeiras; 3.300 km² de Parque Nacional; 2.518 km² de Área de Proteção Ambiental; duas reservas estaduais; dois parques municipais; duas estradas-parque; 157 km de paredões; 42 imóveis tombados pelo Iphan; 38 espécies endêmicas.

O artesanato local é uma das referências na cidade, com vários artesãos locais que chegaram ou nasceram na cidade e que ali foram crescendo e vivendo do artesanato, que é exposto em praça pública de terça-feira a domingo para os habitantes e turistas. Existe um projeto de uma “Rua do Artesanato”, que visa criar um local específico para os artesãos, mas que ainda não foi efetuado.

Além de todas essas opções, o município conta com o turismo nos dias mais frios do ano, quando a temperatura pode chegar a até 12 °C ou menos.

O município também sedia anualmente o Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães nos meses de julho e agosto, impulsionando o turismo na região.

Juruena, a vila agora se transformou em cidade 

Em 1973, Juruena tornou-se independente, desmembrando-se de Juína. (Foto: Prefeitura)

Juruena teve uma origem parecida com a da maioria dos municípios da região, surgiu após a instalação de um empreendimento familiar. A Vila Juruena foi concretizada em 24 de setembro de 1978, sendo o núcleo urbano do projeto que envolvia uma área inicial de 200.000 hectares.

Alinhada às margens do caudaloso rio que lhe dá nome, a cidade ostenta uma rica história, entrelaçada com a exuberante Floresta Amazônica. As origens do município remontam à expedição do sertanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, que, em 1907, navegou pelo rio Juruena e se encantou com a região.

A localidade foi povoada por descendentes de alemães, italianos e poloneses, que vieram dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também por migrantes dos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e Rondônia.

Emancipada em 4 de julho de 1988 (Lei n.° 5.313), hoje Juruena possui 10.213 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2022). O PIB da cidade é de cerca de R$ 297,9 milhões, com 37,7% do valor adicionado advindo da administração pública, na sequência, aparecem as participações dos serviços (26,2%), da agropecuária (19,3%) e da indústria (16,8%).

História

Em 1928, a família Pimentel chegou à região, abrindo caminho para a fundação do povoado São Francisco do Juruena. A localidade se desenvolveu impulsionada pela extração de madeira e pela garimpagem de ouro, atraindo migrantes em busca de oportunidades.

Em 1973, Juruena tornou-se independente, desmembrando-se de Juína. Desde então, consolidou-se como um importante polo regional, com destaque para a agricultura familiar, a pecuária e o comércio.

Sua história ainda está marcada pela saga de famílias pioneiras que desbravaram a região e ajudaram a construir a cidade. Entre elas, destaca-se a família Pimentel, fundadora do povoado São Francisco do Juruena e responsável pela instalação da primeira escola e do primeiro posto de saúde.

O turismo é um setor em crescente expansão, impulsionado pelas belezas naturais da região. (Foto: Prefeitura)

Desenvolvimento Sustentável

Juruena se destaca por sua harmonia entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. A agricultura familiar é a principal atividade econômica do município, com destaque para a produção de café, cacau, banana e mandioca. As pecuárias de corte e leiteira também são relevantes para a economia local.

O turismo é um setor em crescente expansão, impulsionado pelas belezas naturais da região, como os rios Juruena, Ilhas do Rio Juruena, Cachoeiras do Vale do Canamã, Prainha do Porto do Rio Juruena e Parque Municipal das Araras, situado na área territorial de Juruena.

Matupá e os 36 anos de pioneirismo

Matupá nasceu como um projeto de colonização singular, cuidadosamente planejado para atender à necessidade de um centro regional vibrante. (Foto: Prefeitura)

Matupá fica localizada ao norte de Mato Grosso, a 685 km de Cuiabá. O nome tem origem do tupi “matupa”, que significa “porção de terra com vegetação”, que se desprende das barrancas dos rios da bacia do rio Amazonas e desce à deriva da correnteza, o mesmo que terra caída.

Sua população é de 20.091 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2022).

O município próspero de Mato Grosso ostenta uma história com origens no pioneirismo e a potência do agronegócio. Sua fundação oficial remonta a 19 de setembro de 1984, fruto da iniciativa da família Ometto através da empresa Agropecuária do Cachimbo S/A. Porém, somente em 4 de julho de 1988 foi elevado à categoria de município com a denominação de Matupá, pela Lei Estadual nº 5317, desmembrado do município de Colíder.

Matupá nasceu como um projeto de colonização singular, cuidadosamente planejado para atender à necessidade de um centro regional vibrante. A infraestrutura urbana básica foi meticulosamente projetada e executada, enquanto a rede rural recebeu os investimentos necessários para impulsionar a produção agrícola desde seus primórdios.

O PIB da cidade é de cerca de R$ 1,3 bilhão, com 50,4% do valor adicionado advindo dos serviços, na sequência, aparecem as participações da agropecuária (25,2%), da indústria (13,4%) e da administração pública (11,1%). Com essa estrutura, o PIB per capita de Matupá é de R$ 75,4 mil, valor superior à média do estado (R$ 65,4 mil).

A região se consolidou como um polo estratégico para o cultivo de soja, milho e algodão. (Foto: Prefeitura)

Origens

A cidade surgiu da abertura da rodovia Cuiabá-Santarém, e a denominação, Matupá, foi dada pela diretoria do Grupo Ometto, empresa que colonizou a vasta região do atual município.

O nome foi dado pelos empreendedores, que queriam um padrão urbanístico a ser adotado. Uma cidade que sintonizasse com as condições ambientais, integrando-se ao quadro natural em que a floresta e o rio fossem valorizados, e ao mesmo tempo respondesse às tradições urbanas.

A vocação agrícola se tornou a força motriz por trás de seu acelerado desenvolvimento. A região se consolidou como um polo estratégico para o cultivo de soja, milho e algodão, atraindo investimentos e impulsionando a geração de renda e emprego.

Matupá é um programa de colonização muito especial implantado a partir da necessidade de criação de um centro regional, possui uma área urbana com infraestrutura básica totalmente pronta e uma rede rural com infraestrutura suficientemente desenvolvida para o início de atividades produtivas. O município foi criado para atender à necessidade de apoio em uma grande região com rápido processo de desenvolvimento e foi planejado para permitir industrialização de produtos na própria região.

Conforme o projeto de implantação, Matupá deverá tornar-se uma das melhores cidades de Mato Grosso, com infraestrutura de comércio, serviços, educação, cultura, saúde e comunicação.

Nova Mutum, jovem e desenvolvida 

Mutum possui o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado e a oitava economia. (Foto: Prefeitura)

Completando 36 anos, Nova Mutum já é marcada por um desenvolvimento acelerado e promissor. A 242 km de distância de Cuiabá, capital do estado, a cidade possui 55.839 habitantes, segundo o IBGE 2022. Elevada à categoria de município em 4 de julho de 1988, pela Lei Estadual n° 5.321, a cidade surgiu a partir do desmembramento do município de Sinop, impulsionado pelo projeto de colonização Nova Mutum.

Mutum possui o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado e a oitava economia. O Produto Interno Bruto (PIB) da cidade é de cerca de R$ 6 bilhões, com 46,7% do valor adicionado advindo da agropecuária, na sequência, aparecem as participações dos serviços (28,7%), da indústria (18,1%) e da administração pública (6,5%). Com essa estrutura, o PIB per capita de Nova Mutum é de R$ 125,2 mil, valor superior à média do estado (R$ 65,4 mil).

A cidade também é considerada a 2ª maior produtora de grãos de Mato Grosso, destacando-se a soja, que é plantada em uma área de 410 mil hectares, sendo o terceiro maior exportador do estado. O município é a 8ª cidade brasileira em comércio exterior e a 28ª em saúde, estando entre os melhores municípios para se viver na categoria “até 50 mil habitantes”.

História 

Antes de ser colonizada, a região era conhecida como “Irmandade” e pertencia a Jorge Rachid Jaudy. Em 1966, um grupo de empresários paulistas capitaneados por José Aparecido Ribeiro adquiriu uma extensa área de terras, de aproximadamente 169 mil hectares no município de Diamantino, constituindo a Mutum Agropecuária S/A. Conseguiram a aprovação da Sudam do projeto de pecuária em área de 120 mil hectares, sendo 54 mil hectares de pastagens e 60 mil hectares para reservas florestais, restando 56 mil hectares para futuras ampliações.

O projeto de pecuária consistia em cria, recria e engorda de bovinos, divididos em dois grandes núcleos: Arinos e Mutum. O projeto foi implantado definitivamente em 1981. Como a área era muito grande, houve a ideia de gerar oportunidades para novos pioneiros, sendo desenvolvidos experimentos com arroz, milho e soja em 1974.

A região se consolidou como um polo estratégico para o cultivo de soja, milho e algodão. (Foto: Prefeitura)

A empresa destacou então 100 mil hectares para a colonização, implantando as duas primeiras etapas (hoje constituídas pelas comunidades de Santo Antônio, São Carlos e Nova Esperança). Foi o colonizador Alaor Zancanaro que alertou o Dr. Ribeiro para a necessidade de colonizar uma área de suas terras, pois diversas colonizadoras estavam iniciando a comercialização de terras em várias regiões do estado. As fazendas Ranchão e Uirapuru já tinham sido iniciadas por Alcindo Uggeri e José Maria Nogueira, respectivamente, já no início da década de 70.

Vicente Paulino Barreiros foi o primeiro gerente da Fazenda Uirapuru, tendo chegado à região em 1971. Era o início da febre da conquista do Centro-Oeste e da última fronteira agrícola do país. Praticamente na mesma época da colonização de Mutum, estavam sendo colonizadas para pequenos e médios agricultores outras regiões, tais como, São Manuel, Pacoval, Trivelato, Lucas do Rio Verde, Tapurah, Ranchão, etc. Os tamanhos dos lotes vendidos variavam conforme a disponibilidade financeira dos compradores, em geral ficando entre 150 e 400 hectares.

A vocação agrícola de Nova Mutum se tornou a força motriz por trás de seu acelerado desenvolvimento. A região se consolidou como um polo estratégico para o cultivo de soja, milho e algodão, atraindo investimentos e impulsionando a geração de renda e emprego.

São José do Povo: a menor de MT

A economia é caracterizada predominantemente pela atividade da pecuária leiteira e culturas agrícolas de subsistência. (Foto: Prefeitura)

São José do Povo é um dos municípios com menor extensão territorial de Mato Grosso, situado na região sul do estado, fazendo limites com as cidades de Poxoréu, Guiratinga, Pedra Preta e Rondonópolis. Sua população estimada é de 2.875 habitantes, segundo o IBGE 2022.

A economia é caracterizada predominantemente pela atividade da pecuária leiteira e culturas agrícolas de subsistência (mandioca, banana, milho e cana-de-açúcar) baseadas na agricultura familiar executada por 482 estabelecimentos agropecuários, em sua maioria pequenas propriedades rurais.

O PIB da cidade é de cerca de R$ 59 milhões, com 51,7% do valor adicionado advindo da administração pública, na sequência aparecem as participações da agropecuária (33%), dos serviços (12,4%) e da indústria (2,9%). Com essa estrutura, o PIB per capita de São José do Povo é de R$ 14,4 mil, valor inferior à média do estado (R$ 65,4 mil).

História

Elevado à categoria de município com a denominação de São José do Povo, pela Lei Estadual nº 5486, de 04-07-1989, desmembrado do município de Rondonópolis, as origens do município se associam à história da cidade, parte integrante dos contextos econômico e social desse lugar.

José Salmen Hanze chegou à região na década de sessenta, com a finalidade de desenvolver uma colonização. Os poucos recursos de que Hanze dispunha não permitiram uma infraestrutura de grande porte. Mesmo assim a povoação tomou certo impulso no final da década da pioneira colonização.

A denominação de São José do Povo se deve ao orago do lugar, São José, e à homenagem ao próprio povo da localidade, que por própria conta e recurso levantou social e economicamente o município.

Hanze destinou 254 ha para a formação da sede do povoado. Mais tarde o colonizador arrependeu-se e diminuiu a área para 63 hectares, contrariando os ideais dos moradores da localidade, que pretendiam outra sorte ao lugar.

A vida dos moradores de São José do Povo estabilizou-se a partir da chegada do asfalto, pois o lugar situava-se a sete quilômetros apenas da rodovia entre Rondonópolis e Guiratinga. Um dos reflexos imediatos da ação pioneira foi a criação da Escola Agrícola de São José do Povo, conseguida por convênio federal.

Tapurah, capital da suinocultura, completa 36 anos 

Considerada a capital da suinocultura, Tapurah possui mais de 32 mil matrizes, gerando 400 empregos diretos. (Foto: Prefeitura)

Tapurah é uma cidade localizada na região centro-norte de Mato Grosso, a 389 km de Cuiabá, com uma população estimada em 14.370 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022.

Com surgimento no final da década de 70, a partir da colonização impulsionada pela empresa Tapurah Agrícola e Colonizadora, a localidade rapidamente se transformou em um polo regional de grande relevância, atraindo famílias em busca de novas oportunidades e contribuindo para o desbravamento da região.

Um projeto de colonização encabeçado pela Colonizadora Tapurah, fundada por Benedito M. Tenuta, Sérgio Leão Monteiro e Filinto Corrêa da Costa. Fincada em região de floresta e cerrado, a localidade recebeu os primeiros trabalhos de colonização em 1969, coordenados por Libertino Lourenço da Silva e José Roberto.

Considerada a capital da suinocultura, Tapurah possui mais de 32 mil matrizes, gerando 400 empregos diretos. O PIB da cidade é de cerca de R$ 2 bilhões, com 73,8% do valor adicionado advindo da agropecuária, na sequência, aparecem as participações dos serviços (17,9%), da administração pública (5,4%) e da indústria (2,8%). Com essa estrutura, o PIB per capita de Tapurah é de R$ 139,6 mil, valor superior à média do estado (R$ 65,4 mil).

História 

Registros da Colonizadora Tapurah dão conta de que, em 1979, Benedito M. Tenuta, Sérgio Leão Monteiro e Filinto Corrêa da Costa adquiriram uma gleba de terras de aproximadamente 40 mil hectares localizados no interior de Mato Grosso. A área foi comprada da família Pavan, que residia no estado de São Paulo, e as terras foram comercializadas como Cuiabá do Norte, por estarem localizadas ao norte de Mato Grosso.

Com o passar do tempo, os três sócios resolveram denominar Cuiabá do Norte com o nome da colonizadora: Tapurah. A primeira providência dos colonizadores foi construir uma pista de pouso e, em seguida, abrir estradas, pois existia somente a Estrada da Baiana (MT-338), que ligava Cuiabá a Porto dos Gaúchos e mal cruzava a cidade de Tapurah.

A instalação de madeireiras criou as primeiras oportunidades de emprego e atraiu novos moradores. Em 30 de novembro de 1981, pela Lei Estadual nº 4.407, foi criado o distrito de Tapurah, no município de Diamantino. A criação do município se deu em 4 de julho de 1988.

Localizada no noroeste de Mato Grosso, a próspera cidade de Tapurah ostenta uma história marcada pelo pioneirismo, pujança agropecuária e notável desenvolvimento socioeconômico. Surgida no final da década de 70, a partir da

colonização impulsionada pela empresa Tapurah Agrícola e Colonizadora, a localidade rapidamente se transformou em um polo regional de grande relevância, atraindo famílias em busca de novas oportunidades e contribuindo para o desbravamento da região.

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