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quinta-feira, maio 9, 2024
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Comunidade árabe-muçulmana de Cuiabá pede diálogo e denuncia agressões de Israel aos palestinos

A comunidade pede que todos os envolvidos respeitem o direito internacional e os direitos humanos. 

por Vanessa Alves

A comunidade árabe mulçumana de Cuiabá, por meio de sua Sociedade Beneficente, se posicionou em relação ao conflito entre palestinos e israelenses na Faixa de Gaza e no Sul de Israel, depois do ataque desferido na madrugada de sábado pelo grupo Hamas.

Em nota, a comunidade diz expressar profunda preocupação com a situação atual na Palestina e que condena qualquer forma de violência e pede cessar-fogo imediatamente na região. 

A comunidade cita também as recentes invasões feitas pela polícia israelenses na Mesquita AL-Aqsa, um dos locais mais sagrados do Islã, e lamentas também situações do povo palestino em Gaza, que tem vivido em condições desumanas, mantidos prisioneiros e à deriva, em regime de apartheid pelo governo israelense e sem expectativa de futuro. 

“As condições de vida na Palestina têm sido extremamente difíceis há muitos anos. A violência e o caos ameaçam frequentemente uma perigosa interrupção de vida cotidiana na Palestina. As crianças palestinas muitas vezes têm que caminhar quilômetros para chegar a uma escola. As restrições de movimento tem sérios efeitos na assistência médica para os palestinos. Israel negou aos palestinos o acesso a seus recursos naturais. As más condições de moradia resultam da incapacidade de acessar materiais de construção para manutenção e reparo”, diz trecho da nota. 

Em outro trecho, a comunidade pede que todos os envolvidos respeitem o direito internacional e os direitos humanos. 

“Pedimos a todas as partes envolvidas que respeitem o direito internacional e os direitos humanos. Pedimos também à comunidade internacional que intervenha para proteger os civis e facilitar uma solução pacífica”. 

Veja a Nota na íntegra: 

*Sociedade Beneficente Muçulmana de Cuiabá

Assunto: Situação Atual na Palestina

Em nome da Sociedade Beneficente Muçulmana de Cuiabá, gostaria de expressar nossa profunda preocupação com a situação atual na Palestina. Estamos acompanhando de perto os acontecimentos. 

A violência recente, que resultou em numerosas vítimas, é profundamente perturbadora. Condenamos todas as formas de violência e pedimos cessar-fogo imediato. Acreditamos que o diálogo e a negociação são a única maneira de alcançar uma paz duradoura. 

As condições de vida na Palestina têm sido extremamente difíceis há muitos anos. A violência e o caos ameaçam frequentemente uma perigosa interrupção de vida cotidiana na Palestina. As crianças palestinas muitas vezes têm que caminhar quilômetros para chegar a uma escola. As restrições de movimento tem sérios efeitos na assistência médica para os palestinos. Israel negou aos palestinos o acesso a seus recursos naturais. As más condições de moradia resultam da incapacidade de acessar materiais de construção para manutenção e reparo. 

As recentes invasões às mesquitas de AL-Aqsa têm exacerbado a situação na região. A polícia israelense invadiu a Mesquita de AI-Aqsa, um dos locais mais sagrados do Islã. Essas ações resultam em violentos confrontos. A situação em Gaza é particularmente preocupante. O povo palestino em Gaza tem vivido em condições desumanas, mantidos prisioneiros e à deriva, em regime de apartheid pelo governo israelense e sem expectativa de futuro. Esta guerra só vai acabar quando o povo palestino restaurar seus direitos. 

Pedimos a todas as partes envolvidas que respeitem o direito internacional e os direitos humanos. Pedimos também à comunidade internacional que intervenha para proteger os civis e facilitar uma solução pacífica. Nossos pensamentos e orações estão com todos aqueles afetados por este conflito. Continuaremos a oferecer nosso apoio àqueles em necessidade e a trabalhar pela paz e justiça. 

Mohamad Hussein Hallak – Presidente da SBMC

 

Entenda o caso: 

REUTERS/Ronen Zvulun

O conflito entre Israel e o Hamas começou no sábado (7). O balanço mais recente das autoridades locais indica que ao menos 1.120 pessoas morreram, sendo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. Milhares de pessoas ficaram feridas.

A disputa começou depois que o Hamas, um grupo extremista armado islâmico, realizou um ataque-surpresa contra o território israelense, a partir da Faixa Gaza, de onde lançou 5 mil foguetes.

Por terra, ar e mar, homens armados do Hamas invadiram o território israelense na região sul do país. Agências internacionais relataram que eles atiraram em pessoas que estavam nas ruas da região. Também houve relatos de dezenas de israelenses levados como reféns para de Gaza, incluindo mulheres e crianças. 

Esse foi considerado um dos maiores ataques que Israel sofreu nos últimos anos. Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.

 

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