Às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Distrito Federal vive momentos de tensão. Nos últimos cinco dias, o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do DF (PMDF) recebeu cinco chamados para possíveis casos de bomba. Dos cinco casos, dois se confirmaram. O primeiro surgiu na tarde de sexta-feira. Um passageiro de um ônibus acabou preso suspeito de transportar o artefato em uma bolsa. A denúncia foi feita por uma mulher que estava no coletivo. Algumas horas depois, a polícia informou que não havia bomba e liberou o homem. Já no sábado, véspera de Natal, o motorista de um caminhão-tanque desconfiou de uma caixa de papelão estranha apoiada no último eixo, do lado esquerdo do veículo. Ao verificar o item (foto em destaque), deparou-se com “duas ‘bananas’, uma antena e um detonador com luzes piscando”.
FAIXA PRESIDENCIAL
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também demonstrou disposição em passar a faixa a Lula durante a posse do presidente da República eleito, em 1º de janeiro de 2023. A aliados Pacheco disse que, caso Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão não queiram mesmo passar o adereço, como já sinalizaram, ele toparia a missão, por entendê-la como um “ato institucional”. Como presidente do Senado, Pacheco é o quarto na linha sucessória do Palácio do Planalto. Está atrás de Bolsonaro, Mourão e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que também se dispôs a passar a faixa a Lula. Mesmo com a disposição de Pacheco e Lira, aliados de Lula dizem ainda não haver decisão sobre quem passará a faixa.
ACAMPAMENTO QG DO EXÉRCITO
Há quase dois meses em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, o ato antidemocrático comandado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) começa a perder forças. Nesta terça-feira, o Metrópoles esteve no Setor Militar Urbano (SMU) e encontrou um número bem menor de “patriotas”, se comparado há algumas semanas. Os bolsonaristas começaram a deixar o acampamento. Em muitos pontos, onde havia barracas montadas, há apenas demarcações, dando sinais de que ali já esteve uma tenda. O cansaço é visível no rosto dos apoiadores do presidente, que embarca nesta quarta-feira para Orlando, nos Estados Unidos. O atual chefe do Executivo federal pretende ficar por, pelo menos, três meses em terras norte-americanas.
POSSE E PORTE DE ARMAS
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, informou nesta terça-feira que será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) documento pedindo a proibição do porte e posse de armas por pelo menos cinco dias, em todo o Distrito Federal. A intenção é que a medida comece a valer desde esta quarta-feira e vá até o dia 2 de janeiro de 2023. O documento será assinado pela equipe do delegado Andrei Rodrigues, que irá comandar a Polícia Federal. A medida faz parte de um conjunto de ações para garantir a segurança dos brasileiros e do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a cerimônia de posse, que ocorre no dia 1º de janeiro, em Brasília.
INCÊNDIO EM LOJA DA HAVAN
Um incêndio atingiu uma loja da Havan em Vitória da Conquista (BA) e chamou a atenção dos moradores pela grande fumaça emitida na manhã desta quarta-feira. As autoridades ainda não divulgaram informações sobre as causas do ocorrido. Uma nuvem escura se espalha pela área e pode ser vista de várias partes da cidade. Conforme informações preliminares, viaturas do Corpo de Bombeiros já estão no local para combater o fogo. Ainda não há informações sobre feridos.
USO DE FORÇA NACIONAL
Após reunião entre futuros ministros da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), mais uma ação foi tomada pela segurança na transição de governos. O Ministério da Justiça autorizou a utilização da Força Nacional até o dia 2 de janeiro, como apoio à posse de Lula. A medida, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, foi assinada pelo secretário-executivo da pasta, Antonio Ramirez Lorenzo. O emprego da Força Nacional de Segurança Pública será em apoio à Polícia Rodoviária Federal, nas atividades de escoltas. Segundo o texto, essa utilização acontece por causa da Operação Posse Presidencial 2023, “em caráter episódico e planejado, no período de 27 de dezembro de 2022 a 2 de janeiro de 2023”.
ATAQUE POR BOLSONARISTAS