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terça-feira, maio 21, 2024
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Casos de trabalho análogo à escravidão cresceram 174% em dois anos

Número de trabalhadores em condições análogas à escravidão saltou de 938, em 2020, para 2.575, em 2022, segundo o Ministério do Trabalho

Por Bernardo Lima, Metrópoles

Casos como o dos trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão em colheita de uvas na Serra Gaúcha aumentaram 174% no Brasil desde 2020, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em 2022, 2.575 pessoas foram resgatadas em situação análoga à escravidão, maior número desde 2013; em 2020, eram 938.

Submetidos até à violência física, mais de 200 homens foram resgatados em Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, em condições de trabalho escravo. Situações como essa se multiplicam pelo país desde 2020.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) é uma das entidades responsáveis pela fiscalização e pelo combate ao problema. O procurador do MPT Italvar Medina diz que não é possível indicar uma relação direta de causa e consequência na questão, mas explica que existem fatores que podem contribuir para o aumento de casos de escravidão moderna.

“Situações de crise econômica, como a que foi causada no país durante a pandemia, que gerou o aumento de desemprego e insegurança alimentar, podem contribuir para alta de casos”, explica o também vice-coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete) do MPT.

Segundo Medina, ausência de reforma agrária, aumento de desmatamento ilegal e atividades clandestinas como o garimpo também contribuem para ampliar casos de escravidão contemporânea. “É um conjunto de fatores que pode conduzir ao aumento de trabalhadores submetidos a essas situações deploráveis”, alerta.

 

 

 

 

 

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