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sábado, maio 18, 2024
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Caciques Xavantes de MT criticam ONGs e Funai em CPI

Lideranças indigenas foram convidados pelo senador Mauro Carvalho

Da Redação 

Os caciques Graciano Aedzane Pronhopa e Arnaldo Tsererowe, lideranças mato-grossense da etnia xavante, criticaram a falta de fiscalização sobre os recursos destinados para organizações não governamentais (ONGs) que trabalham com povos indígenas, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, nesta terça-feira (24). Eles também criticaram a atuação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

“Lutamos e trabalhamos dentro das nossas áreas indígenas, o que acontece hoje é que as ONGs gritam e falam, mas não levam resultado dentro das aldeias. E quem fiscaliza o projeto deles?”, questionou Graciano Aedzane.

“Nós, os povos indígenas, respeitamos cada etnia e precisamos do apoio dessa comissão, precisamos de condições para o nosso povo trabalhar. Nosso povo está numa situação muito difícil, porque não existe projeto da Funai, que não apresenta um plano de trabalho para a gente chegar em acordo. As ONGs que vêm dizer que estão levando benefício para nossas aldeias, estão mentindo. […] “Onde está o recurso? Não existe a responsabilidade fiscal”, indagou Arnaldo Tsererowe.

As lideranças participaram da reunião a convite do senador Mauro Carvalho (União). O parlamentar conta que em 2019, quando assumiu a Secretaria da Casa Civil do Mato Grosso, que tem responsabilidade com todas as 43 etnias, teve a oportunidade de conhecer suas necessidades.

“Cada uma tem seu cacique, sua regra e sua cultura, é muito difícil encontrar uma pessoa indígena que seja líder de todas as etnias, cada uma fala por si, cada etnia tem sua forma de conduzir seu povo, e para ter uma convivência pacífica o primeiro entendimento é respeitar a cultura de cada uma delas, por isso, deixamos de conversar com confederação e fomos conversar com cada etnia”, explicou.
Visita

Os integrantes da CPI planejam realizar, na quinta-feira (26), uma visita às terras dos Haliti-Paresi na Chapada dos Parecis, em Mato Grosso, como parte de suas investigações. Eles querem entender a atuação das ONGs dentro da região.

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