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sábado, maio 18, 2024
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Botelho usa risco de debandada para tentar minar candidatura de Garcia e obter apoio de Mendes

O parlamentar acredita que Garcia não viabilizará o nome para a disputa com a mesma intensidade que ele

Por Kamilla Arruda, Leiagora 

O governador Mauro Mendes e o deputado federal Fabio Garcia podem ficar isolados no União Brasil para a eleição majoritária do próximo ano na Capital. Isso, porque os boatos de que poderá haver uma debandada no partido até o final do ano voltaram com força total desde a semana passada, após confirmação do chefe do Executivo estadual de que tem um acordo com Garcia para viabilizar a candidatura dele a prefeito de Cuiabá.

Acontece que a bancada de deputados estaduais do União, e mais o senador correligionário Jayme Campos, apoiam o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (União) para a disputa rumo ao comando do Palácio Alencastro.

Diante desse “acerto” entre Mendes e Garcia, Botelho tem se aproximado do Partido Social Democratico (PSD), e não descarta a possibilidade de vir a migrar para a legenda com o intuito de viabilizar o seu nome para a eleição em Cuiabá no ano que vem.

O deputado, inclusive, recebeu a promessa do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, de que terá toda a estrutura necessária para a disputa, desde que se filie aos quadros pessedistas.

Diante disso, caso sua ida se concretize, os quatro parlamentares estaduais do União Brasil já garantiram que irão acompanhar Botelho. Trata-se de Júlio Campos, Sebastião Rezende e Dilmar Dal’Bosco, além do senador Jayme.

Por outro lado, Botelho ainda tem esperanças de conseguir o apoio do governador e garantir a sua candidatura pelo União Brasil. Ele se apega, justamente a possibilidade de Mendes e o deputado federal ficarem isolados na legenda.

Devido a esse fato, o presidente do Parlamento estadual ainda não bate o martelo sobre a sua saída ou não do partido, e joga essa decisão para o início do próximo ano. Paralelo a isso, tem trabalhado intensamente em busca de apoio político, como vereadores e lideranças de bairros.

Prova disso é que ele já teria fechado parceria com pelo menos 10 parlamentares da Capital. Além disso, não faz questão de esconder que intensificou a sua agenda no município, onde vem participando de vários eventos.

A intenção é tornar o seu nome mais viável do que de Garcia, mesmo este ocupando o cargo de secretário-chefe da Casa Civil, e conquistar o apoio do governador e do União Brasil para a disputa eleitoral do próximo ano, uma vez que sabe que Mendes não entra em disputa para perder.

PSD na espera

Por outro lado, não parece que o PSD está disposto a esperar até o ano que vem para ter um posicionamento de Botelho quanto a sua filiação ou não.

A legenda, através do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), tem pressionado para que o parlamentar tome uma decisão até o final deste ano.

Outra via para Mendes

É de conhecimento público que o governador não gosta de ser pressionado. Desta forma, pode não “cair” na estratégia de Botelho, mesmo Garcia não se viabilizando para a eleição majoitária na Capital.

Diante disso, surge uma outra possibilidade: apoiar a candidatura do deputado federal Abílio Brunini (PL), a qual já foi garantida pelo Partido Liberal (PL).

Essa não seria a primeira vez que o chefe do Executivo estadual apoiaria o parlamentar federal. Em 2020, quando Abílio disputou a eleição para prefeito pela primeira vez, Mendes apoiou o então vereador.

Acontece que a relação entre eles parece estar um pouco estremecida. Nessa segunda-feira (23), Abílio acusou o governador de estar escalando lideranças do União Brasil para atacá-lo, com o intuito de prejudicar a sua imagem, já que figura como líder das pesquisas de intenção de voto.

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