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sábado, maio 11, 2024
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Botelho nega liderar debandada no União: ‘Não trabalho pelo desmonte do partido’

Sigla vive uma crise com possível saída de Botelho e do deputado Dilmar Dal Bosco

Por Renan Marcel, Leiagora 

No epicentro da crise instaurada no União Brasil, o deputado Eduardo Botelho nega estar liderando uma possível debandada do partido com os demais parlamentares estaduais. Afirma que tem negociado sua saída sem chamar ou motivar qualquer correligionário e vê o impasse do partido com Dilmar Dal Bosco como mais uma possível grande perda para a legenda, caso o colega realmente migre para o PRD. Mas, o presidente da Assembleia Legislativa mantém o otimismo.

“Eu acredito que neste momento ele não deve sair, talvez lá na frente, depende dele e de como ele vai se sentir dentro do partido. É uma decisão pessoal”, avaliou a situação do colega. Dilmar era secretário-geral do União Brasil e foi preterido no exercício da função, que prevê a organização dos diretórios municipais pelo estado de Mato Grosso.

“Estou nessa discussão com o partido para ver se eu saio ou não saio, mas não estou chamando ninguém para ir comigo. Não estou trabalhando para desmontar o partido, não estou trabalhando para cooptar ninguém para me acompanhar. Cada um toma sua decisão”. Botelho quer consolidar a candidatura a prefeito de Cuiabá em 2024, mas esbarra nos planos do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, favorito do governador Mauro Mendes, que preside o partido.

Na segunda-feira (27), Mauro confirmou  que já se reuniu duas vezes com Botelho na semana passada e não prevê nova data para dialogar com o parlamentar sobre eleições municipais em Cuiabá ou liberação para troca partidária. “Não tem data, já me reuni com Botelho duas vezes semana passada. […] Ele quem tem que dizer se vai sair ou não, não sou eu”.

À noite, no mesmo dia, Botelho avaliou a situação de Dilmar e soltou: “Cada deputado que deixa o partido é uma perda. São pessoas importantes Dilmar é importante, os outros membros também. Cada um que pedir desfiliação e sair nós sentimos como um enfraquecimento, lógico. Partido é a arte de somar e não de diminuir”. E reafirmou que aguarda o governador marcar uma agenda antes da viagem a Dubai para a COP 28. “Vou pedir uma agenda, sei que ele tem uma agenda corrida e respeito. Eu estou aguardando ele”.

Líder das pesquisas eleitorais, Botelho quer que as pesquisas quantitativas sejam usadas para definir qual dos dois deve ser o candidato do União Brasil à prefeitura, mas Mauro quer utilizar somente pesquisas qualitativas. Em meio a isso, o deputado estadual iniciou conversas para mudar de partido e está apalavrado com o PSD, presidido pelo ministro Carlos Fávaro, atual rival político de Mauro em nível estadual desde as eleições de 2022.

Se sair do União, Botelho pode carregar junto, mesmo sem articular o movimento, outros deputados do partido que o apoiam para o pleito de 2024.

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