Sigla vive uma crise com possível saída de Botelho e do deputado Dilmar Dal Bosco
Por Renan Marcel, Leiagora
No epicentro da crise instaurada no União Brasil, o deputado Eduardo Botelho nega estar liderando uma possível debandada do partido com os demais parlamentares estaduais. Afirma que tem negociado sua saída sem chamar ou motivar qualquer correligionário e vê o impasse do partido com Dilmar Dal Bosco como mais uma possível grande perda para a legenda, caso o colega realmente migre para o PRD. Mas, o presidente da Assembleia Legislativa mantém o otimismo.
“Eu acredito que neste momento ele não deve sair, talvez lá na frente, depende dele e de como ele vai se sentir dentro do partido. É uma decisão pessoal”, avaliou a situação do colega. Dilmar era secretário-geral do União Brasil e foi preterido no exercício da função, que prevê a organização dos diretórios municipais pelo estado de Mato Grosso.
Na segunda-feira (27), Mauro confirmou que já se reuniu duas vezes com Botelho na semana passada e não prevê nova data para dialogar com o parlamentar sobre eleições municipais em Cuiabá ou liberação para troca partidária. “Não tem data, já me reuni com Botelho duas vezes semana passada. […] Ele quem tem que dizer se vai sair ou não, não sou eu”.
Líder das pesquisas eleitorais, Botelho quer que as pesquisas quantitativas sejam usadas para definir qual dos dois deve ser o candidato do União Brasil à prefeitura, mas Mauro quer utilizar somente pesquisas qualitativas. Em meio a isso, o deputado estadual iniciou conversas para mudar de partido e está apalavrado com o PSD, presidido pelo ministro Carlos Fávaro, atual rival político de Mauro em nível estadual desde as eleições de 2022.
Se sair do União, Botelho pode carregar junto, mesmo sem articular o movimento, outros deputados do partido que o apoiam para o pleito de 2024.