Por Pablo Rodrigo, Gazeta Digital
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União), desmentiu que os deputados estão se sentido ameaçados pela imprensa para assinarem o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a saúde de Mato Grosso. A informação da suposta ameaça partiu do governador Mauro Mendes (União). Segundo Botelho, não existe pressão da imprensa e muito menos política para isso.
O presidente defende a autonomia da Assembleia para o assunto. ‘Aqui não tem não tem pressão nenhuma. Ninguém está se sentindo pressionado ou recebendo pressão. Nenhuma pressão sobre os deputados, muito pelo contrário, aqui nós temos total autonomia. Nenhum deputado se manifestou ou relatou isso’, disse Eduardo Botelho em entrevista à Gazeta.
Botelho ainda defendeu a liberdade da imprensa para questionar os deputados sobre qualquer tema e afirmou que quem fala pelo Poder Legislativo de Mato Grosso é ele enquanto presidente. Acrescentou ser contra todo tipo de censura, incluindo a econômica.
‘Eu falo pela Assembleia e como presidente desta Casa, digo com tranquilidade de que não tem ninguém se sentindo pressionado e não aceitamos pressão em cima deputado.. Hoje temos total autonomia tanto em relação ao governo ou imprensa. Respeitamos o trabalho da imprensa’, completou.
A declaração de Botelho ocorre após o governador usar a estrutura do Estado para acusar o Grupo Gazeta de Comunicação de estar pressionando os deputados para assinarem a CPI da Saúde. Por meio da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), o governador disse que irá denunciar o jornal A Gazeta no Ministério Público (MPMT) por suposta ameaça. Quem também rechaçou a suposta ameaça foi o deputado estadual Max Russi (PSB), que afirmou que os questionamentos feitos pela Gazeta foram normais. “Eu não vi ameaça, foi uma pergunta como recebo de todos.
A imprensa tem o direito de perguntar o que ela quiser”, disse. Mendes é contra uma CPI para investigar um suposto cartel na Secretaria de Estado de Saúde (SES), descoberta no bojo da Operação Espelho, da Polícia Civil. A proposta de CPI é do deputado estadual Wilson Santos (PSD) e conta com 6 assinaturas. O caso também está sendo analisado no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e na Polícia Federal (PF).