MATO GROSSO

De olho...

Bastidores do poder

Coluna de notas apuradas diretamente dos corredores da Câmara dos Deputados, Ministérios, Palácio do Planalto, Senado Federal, Supremo Tribunal Federal e demais tribunais superiores.

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Fim das tarifas

“Esta decisão prova que, quando o Legislativo atua com responsabilidade, o país ganha força e respeito internacional”, disse Trad enfatizando que a medida beneficia os setores exportadores brasileiros e fortalece a cooperação entre as democracias. (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Defesa Nacional e Relações Exteriores do Senado Federal, celebrou a histórica aprovação pelo Senado dos Estados Unidos (EUA) de uma resolução que revoga as tarifas extras de até 50% impostas por Trump aos produtos brasileiros exportados para aquele país. “O Brasil foi ouvido porque o Senado agiu com dados e diálogo”, declarou o parlamentar sul-mato-grossense, destacando que a vitória é um triunfo da diplomacia parlamentar. A aprovação, por 52 votos a 48, incluindo votos de senadores tanto do Partido Democratas e Republicanos, é – segundo ele – resultado direto da missão oficial que ele liderou a Washington em julho, onde se reuniu com autores da proposta como os senadores Tim Kaine e Jeanne Shaheen. Na ocasião, Trad apresentou relatórios técnicos detalhando o impacto negativo do tarifaço para a indústria e o agronegócio de ambos os países.

 

 

Terras raras

Já o deputado Arnaldo Jardim enfatizou que a política visa reduzir a dependência de importações e agregar valor no território nacional, beneficiando os minerais para indústrias como fertilizantes e inteligência artificial. (Foto: Tauan Alencar / Secom-MME)

Em reunião no Ministério de Minas e Energia, o ministro Alexandre Silveira e o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e relator do Projeto de Lei (PL) 2780 de 2024, que define critérios para classificação e exploração dos minerais críticos e estratégicos, avançaram na construção da Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos. As tratativas buscam posicionar o Brasil como “celeiro global” desses recursos, essenciais para a tecnologia e também para a transição energética. Silveira destacou que o país possui reservas geológicas relevantes, matriz limpa e estabilidade institucional para desenvolver toda a cadeia produtiva e que a governança deverá ser estruturada por um Conselho Nacional, que garantirá cooperação entre governo, setor privado e entes federativos.

 

 

Viagem à Ásia

“Encerramos mais uma missão governamental com excelentes resultados. Trabalhamos para abrir mercados, fortalecer laços diplomáticos e garantir oportunidades para os produtores brasileiros”, resumiu Fávaro. (Foto: Caroline de Vita / Secom-MAPA)

Em missão oficial à Indonésia e à Malásia, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, resultou na abertura de seis novos mercados, incluindo pescados, gergelim, ovo em pó e frutas, e na retomada das exportações de carne de frango para a Malásia; Na Indonésia, quarto maior mercado agropecuário do mundo, avançaram as negociações para ampliar o mercado de carne bovina, com a confirmação de nova auditoria ainda para este ano para habilitação de plantas exportadoras. O ministro destacou a significativa flexibilização do protocolo sanitário malásio, que reduziu o período de suspensão por influenza aviária de 12 para apenas três meses. Outro avanço crucial foi a retomada do pré-listing para exportação de frango à União Europeia, mecanismo suspenso desde 2018 que agiliza o comércio.

 

 

Viagem à Ásia 2

Para o senador, a viagem de Lula ao sudeste da Ásia consolida um Brasil que dialoga, coopera e atua com responsabilidade no cenário global. (Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado)

O senador Paulo Paim (PT-RS) avaliou a viagem pelo continente asiático do presidente Lula como um marco para a projeção internacional do Brasil, destacando a inédita participação brasileira na cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), onde o presidente brasileiro defendeu o multilateralismo e a cooperação. Paim considerou o diálogo respeitoso com o presidente dos EUA, Donald Trump, um ponto crucial, com discussão sobre a suspensão de tarifas às exportações brasileiras. A agenda comercial, acompanhada por quase cem empresários, demonstrou o esforço em ampliar mercados. O parlamentar também ressaltou o reconhecimento simbólico do título de doutor honoris causa concedido a Lula na Malásia e a criação do Fundo Florestas Tropicais (TFFF, sigla em inglês) com a Indonésia.

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Problemas na fiscalização

Operação “Imperium Messis” investiga indícios de recebimento de vantagens indevidas por servidores para favorecer empresas; crimes começaram em 2020, em Roraima. (Foto: Divulgação / Secom-CGU)

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal deflagraram nesta quarta-feira, 29 de outubro, a Operação “Imperium Messis” para desarticular um esquema de corrupção envolvendo a fiscalização de mercadorias para exportação à Venezuela. As investigações, iniciadas em Roraima a partir de 2020, apuram que servidores do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) recebiam vantagens indevidas para favorecer empresas do setor de alimentos. O esquema transferiu a fiscalização, que era realizada na Receita Federal em Pacaraima, para o entreposto aduaneiro de uma empresa privada em Boa Vista. Agentes públicos são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Roraima e Mato Grosso, além de determinar o bloqueio de R$ 1,8 milhão.

 

 

Cachaça adulterada

Mapa intensifica ações e apreende 75 mil litros de cachaça clandestina na região de Criciúma (SC). (Foto: Divulgação / Secom-MAPA)

Em uma operação de fiscalização realizada na região de Criciúma (SC), fiscais do MAPA apreenderam 75 mil litros de cachaça produzida de forma clandestina. A ação, conduzida pelo Serviço de inspeção de produtos de origem vegetal (Sipov), resultou na interdição de três estabelecimentos. Dois foram fechados por não possuírem registro, e o terceiro foi autuado por operar em condições higiênico-sanitárias impróprias. O consumo de bebidas clandestinas representa um grave risco à saúde pública, podendo causar intoxicações, cegueira e até morte devido à possível presença de substâncias tóxicas. A operação reforça a necessidade para que consumidores adquiram produtos com rótulos de locais registrados e que cumpram as normas para atestar e garantir a qualidade e segurança do produto final.

 

 

Tributação dos lucros e dividendos

As entidades buscam, com os ajustes, assegurar segurança jurídica, proteger as MPEs e manter a competitividade do país. (Foto: Reprodução / Internet)

As frentes parlamentares do setor produtivo manifestam apoio ao PL 1087 de 2025, que propõe a tributação de lucros e dividendos, mas alertam para a necessidade de ajustes no texto. O principal receio é o risco de tributação retroativa sobre lucros apurados até 2025, devido a prazos inadequados para deliberação e distribuição desses valores. Os setores produtivos defendem a não incidência do imposto de renda sobre esse estoque de lucros, independentemente das datas de deliberação. Outro ponto crítico é a previsão de retenção mensal de 10% sobre distribuições acima de R$ 50 mil, que conflita com a isenção garantida pelo Simples Nacional às pequenas e microempresas. Os setores querem a exclusão explícita dessas empresas da nova alíquota. A proposta de tributar em 10% as remessas de lucros ao exterior também gera preocupação, visto que isso poderia reduzir a atratividade para investimentos estrangeiros.

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Devedor Contumaz

As frentes fazem um apelo direto ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que paute a urgência e a votação da proposta ainda nesta quarta, para garantir “segurança e o desenvolvimento nacional”. (Foto: Vinicius Loures / Agência Câmara)

As frentes parlamentares do setor produtivo emitiram nesta quarta, 29, um manifesto exigindo a aprovação urgente do Projeto de Lei Complementar (PLP) 125 de 2022, que combate o devedor contumaz, aprovado há 57 dias pelo Senado Federal e que enfrenta uma tramitação “injustificadamente lenta” na Câmara dos Deputados. Os signatários do manifesto alertam que esse atraso beneficia exclusivamente o crime organizado, que se infiltra na economia formal e drena anualmente R$ 146 bilhões dos cofres públicos e da sociedade. Os representantes das frentes parlamentares destacam que a matéria está madura para votação, já que foi amplamente debatida e “representa um raro consenso” entre oposição e situação. Segundo as frentes, a demora na apreciação priva a sociedade de uma ferramenta crucial no combate a fraudes em setores essenciais da economia.

 

 

Devedor Contumaz 2

“Não há justificativa plausível para que o plenário da Câmara dos Deputados seja, mais uma vez, privado do dever de legislar uma causa não só urgente, como unânime”, escreveram os deputados que presidem as frentes parlamentares que representam o setor produtivo. (Foto: Divulgação / FPA)

Assinaram o manifesto que faz um apelo unificado das frentes parlamentares do setor produtivo exigindo a votação imediata do projeto que combate o devedor contumaz (PLP 125 de 2022), o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (Republicanos-PR); Júlio Lopes (PP-PR), da Frente pelo Brasil Competitivo; Alceu Moreira, da Frente do Biodiesel;  Domingos Sávio, da Frente do Comércio e Serviços; Joaquim Passarinho, da Frente do Empreendedorismo (FPE); Zé Vitor, da Frente do Etanol; Caroline de Toni, da Frente do Livre Mercado; Any Ortiz, da Frente da Mulher Empreendedora; Jorge Goetten, da Frente da Pequena e Microempresa; e senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), da Frente de Recursos Naturais e Energia. Juntos, todos esses líderes pressionam o presidente da Câmara, Hugo Motta, para pautar a votação ainda nesta quarta, 29, argumentando que o atraso beneficia exclusivamente o crime organizado.

 

 

Novo presidente do Conamp

Tarcísio Bonfim, reeleito para seguir à frente da Conamp 2026-2028, seguirá focada no diálogo, na defesa da carreira e na integração nacional do Ministério Público. (Foto: Divulgação / Conamp)

O promotor de Justiça do Ministério Público (MP) do Maranhão, Tarcísio José Sousa Bonfim, foi reeleito por aclamação para presidir a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) para o biênio 2026-2028. Eleito pela chapa “Conamp – Seguindo com Trabalho & Integração” recebeu aprovação unânime, garantindo continuidade à atual gestão. Bonfim, que ingressou no MP em 1999 e já presidiu a associação maranhense, comprometeu-se a manter o foco no fortalecimento institucional, no diálogo e na defesa da autonomia da carreira. Sua plataforma reafirma o compromisso com uma atuação resolutiva e independente em prol do Estado Democrático de Direito. A nova diretoria do Conamp conta com Pedro Ivo de Sousa do MP capixaba como primeiro vice-presidente e Larissa Rodrigues Amaral do MP de Minas Gerais (MG) como segunda vice-presidente, além de representantes de todas as regiões do país.

 

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