Uma provável vitória da candidata de extrema-direita italiana, Giorgia Meloni, nas eleições legislativas hoje (25) preocupa os mercados e membros da União Europeia, que temem seu discurso contrário ao bloco e que a enorme dívida pública do país dispare.
Apesar de Meloni ter manifestado o desejo de romper com um passado pesado e de suprimir seu sonho de ver a Itália fora da União Europeia, as preocupações persistem, especialmente porque nos últimos dias de campanha ela reiterou seu apoio ao regime húngaro liderado pelo ultranacionalista Viktor Orban.
Giorgia Meloni agora afirma ser a favor da União Europeia e mudou seu tom agressivo contra a instituição durante os comícios eleitorais.
“A festa acabou”, disse em meados de setembro em Milão, alertando que, se vencer, “defenderá os interesses nacionais” contra as diretrizes de Bruxelas, assim como “os outros fazem”.
Plano de recuperação
Favorita para se tornar a próxima primeira-ministra, “a apaixonada” da direita italiana defende há anos a ideia de que o bloco respeite “a soberania dos Estados-membros” e permita que os próprios decidam sobre a política que afeta diretamente seus cidadãos.
Com este critério, ela quer renegociar o plano de recuperação pós-covid, financiado com quase 200 bilhões de euros pela União Europeia, de modo que leve em consideração o alto custo da energia após o início da guerra da Ucrânia.