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Alysson Paulinelli: Um Lutador Incansável em Prol da Agricultura no Brasil

(julho de 1936 – 29 de junho de 2023) Que Deus o Tenha.

Ademir Galiztki 

Dr. Alysson Paulinelli nasceu em Bambuí, MG, filho do engenheiro Antonio Paulinelli de Carvalho e da professora Adalgisa Lichesi Paulinelli. Foi convidado para assumir uma cadeira de professor na ESAL, aceitando prontamente, pois ser professor era um de seus sonhos; ele tinha sede de ensinar. De 1966 a 1967, ocupou o cargo de vice-diretor da ESAL e de 1967 a 1971 exerceu a função de diretor da instituição. Também foi presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (ABEAS) de 1968 a 1969. Em 1971, foi nomeado Secretário da Agricultura de MG e sua atuação extraordinária na função chamou a atenção do então presidente da República do Brasil, Ernesto Geisel, que o convidou para o cobiçado cargo de Ministro da Agricultura entre 1974 e 1979.

Durante seu mandato como ministro, introduziu grandes revoluções na agricultura brasileira. Também teve êxito como presidente do Banco do Estado de Minas Gerais de 1979 a 1983, presidente da Confederação da Agricultura e Agropecuária (CNA) de 1987 a 1990, deputado federal de 1987 a 1991 e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (ABRAMILHO) de 1991 a 1994. Seu nome foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelos relevantes trabalhos na produção de alimentos para o Brasil e o mundo.

Como ministro, revolucionou a agricultura brasileira. Dr. Alysson Paulinelli teve a brilhante ideia de levar dois mil pesquisadores para realizarem cursos de pós-graduação nas melhores faculdades ao redor do mundo, com o dever e o objetivo de aplicar esses conhecimentos adquiridos lá fora em benefício do povo e do país. Teve no programa de destaque o desenvolvimento do cerrado. Dr. Alysson Paulinelli mandou engenheiros para os Estados Unidos para aprenderem e buscar conhecimentos e, em seguida, passarem para outros engenheiros e aplicarem tais conhecimentos em benefício da agricultura brasileira.

Os engenheiros Hortência Paro (MT), Aurelino Dutra de Faria (MG), Dutra Souza Telis (SC), Célio Finaro (PR) e Francisco (GO) ficaram 82 dias nos Estados Unidos aprendendo as técnicas para serem usadas na agricultura brasileira e em benefício do povo brasileiro.
O programa de cooperação nipo-brasileiro para o desenvolvimento do cerrado nas funções agrícolas teve papel de suma importância na criação deste maravilhoso programa de âmbito nacional em 1975 do Proálcool, utilizando a biomassa (etanol). Sem esquecer que por volta de 1970, o Brasil passava por um grande déficit agrícola, chegando até a importar alimentos para a população do Brasil não perceber. Tinha a Embrapa como um xodó e muito orgulho, quando ele falava da Embrapa, podia-se sentir sua grande emoção.

Em muitos de seus numerosos projetos de sucesso, lançados com a participação total da Embrapa, também teve a Embrapa Floresta, Embrapa Cerrado e meia dúzia de centros de pesquisa nos cerrados brasileiros como cerrado milho, soja, arroz, gado de corte, fruteiras e hortaliças. Foi responsável e implantou o Serviço de Proteção de Sementes Básicas (SPSB), usando principalmente os estados que tinham o cerrado como destaque e como bioma. Hoje, todos os estados têm uma das maiores produções do mundo e principalmente no estado do Mato Grosso, citando como exemplo as grandes produções de soja, milho, arroz, algodão, trigo, girassol, etc.

Tornou-se um exemplo mundial, e hoje centenas de empresários do ramo da agricultura e pecuária, formados nos Estados Unidos, Europa e Ásia, participam de dias de campo e levam, de uma certa forma, esses conhecimentos e resultados alcançados na produção da agricultura do Brasil.

O nosso país hoje depende quase que do seu total de produção dos alimentos produzidos nos cerrados brasileiros e principalmente nos estados do Centro-Oeste brasileiro. O nosso país, o Brasil, é outro sustentável e baseado em pesquisas feitas por empresas de pesquisas IDENEAS e nosso país não precisa derrubar nem uma árvore sequer para dobrar e triplicar a sua produção agrícola de alimentos e sim suprir as demandas de consumo de alimento para toda a sua população, que é hoje mais de 215 milhões de pessoas e aí exportar o excedente com todos os projetos por ele implantados, quebrando paradigmas, produzindo na nossa forte agricultura do Brasil sem que com isso precise agredir a natureza e o meio ambiente.

Em fim, o nosso planeta com sustentabilidade e segurança alimentar fica balanceado usando como modelo o cinturão tropical da agricultura brasileira e a implantação transformadora nas fronteiras mais longínquas, com tanta ciência e tecnologia a nosso favor.

Ele ajudou a desbravar muitos solos sem virar áreas degradadas, solos fracos, tornando-os em solos férteis altamente produtivos, onde a cada ano que passa são batidos recordes e mais recordes de quantidade de sacas de grãos por hectares em solos brasileiros. Para nosso particular orgulho, em pesquisas feitas pelo IBGE, quase 50% das produções do Brasil estão sendo colhidas nos cerrados brasileiros. Você, caro leitor, há de se lembrar quando os nossos principais alimentos se davam em terras férteis nos três estados do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e hoje tendo Mato Grosso como o maior produtor e podendo até ser comparado com o celeiro do mundo.

Dr. Alysson Paulinelli foi provedor de muitos projetos que ele implantou ou ajudou a implantar para o desenvolvimento deste pujante produtor de alimentos chamado Brasil. Já faz muito tempo que o Brasil deixou de ser um importador para ser um exportador. Busque em sua memória que o Brasil saltou de 39,5 milhões de toneladas de grãos passando em dias atuais, julho de 2023, colhendo 270 milhões de toneladas, quase 700% de acréscimos de toneladas, e a área cultivada passou de 32,8 para então somente 65,2 de hectares cultivados. Com esta área de 65,2 milhões de hectares, podemos duplicar esta produção e até triplicar usando a tecnologia que temos hoje.

Dizem os estudiosos que o Brasil é uma grande estufa a céu aberto com quase 900 milhões de km, este gigante chamado Brasil e com um clima tropical onde o céu é o limite e podemos produzir em qualquer cantinho, até na nossa varanda, laje, terraço, varanda, horta suspensa, até em cima de prédios. Isto e continuará sendo o nosso maior triunfo. Seremos sempre os maiores produtores de alimento do mundo, pois está no nosso DNA. Mas o que mais me deixa triste é que com tanta tecnologia, uma simples máquina faz o trabalho de 200 homens, assim sendo, fazendo com que tenhamos 15 milhões de desempregados. Isto é muito triste e preocupante.

As maiores produções eram colhidas em climas temperados. O eng. Dr. Alysson Paulinelli pensava o contrário e nos ensinou e conseguimos produzir em climas tropicais, com pesquisas, visão, planejamento, astúcias, força de vontade, preservação, proteção, café, cacau, borracha, cana de açúcar, arroz, soja, milho, feijão, trigo, goiaba, coco, gergelim, ovos, frango, suíno, boi, Embrapa, faculdades, destaques e honrarias prestadas a Alysson Paulinelli.

Prêmio Frederico Menezes Veiga Embrapa 1981, título de professor emérito Universidades de Lavras 2006, personalidade do agronegócio em 2006 concedido pela Associação Brasileira do Agronegócio, Ordem Nacional do Mérito Científico Classe Grau Cruz 2008, medalha de 150 anos do MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, medalha Luiz Queirós em 2014, embaixador da vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura em 2019, medalha de honra ao mérito legislativo, a mais importante condecoração da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 2021, Comenda Ministro Alysson Paulinelli criada pela ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2021, busto em Primavera do Leste, justa homenagem no Sindicato Rural do município em 2021, placa O Visionário da Agricultura Tropical Sustentável, uma homenagem da Rede Paulinelli na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) em 2021, justa homenagem da Família Natureza na Veia YouTube e Instagram pelos belos trabalhos em pesquisas em prol da agricultura brasileira e pela agricultura brasileira e por todas as toneladas que o nosso país colhe em dias atuais, julho de 2023.

O cerrado brasileiro deve tudo ao Dr. Alysson Paulinelli.

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