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quinta-feira, maio 9, 2024
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AL repudia ‘balcão de negócios’ e interesses familiares em PCHs

Por Ulisses Lalio, Gazeta Digital 

Liderados pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), os parlamentares repudiaram e questionaram os interesses econômicos das famílias do governador Mauro Mendes (União) e do secretário chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), para aprovações de centrais hidrelétricas no rio Cuiabá e na bacia do Alto Paraguai.

Além de Botelho, se manifestaram contra os pedidos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), os deputados Wilson Santos (PSD), Valdir Barranco e Lúdio Cabral, ambos do PT.

Baseando-se nas informações exclusivas do Jornal A Gazeta, na edição de ontem (20), na qual foi revelada que há 37 pedidos de liberação de estudos para implantação de PCHs na bacia do Alto Paraguai – dentre os quais estão pedidos de empresas da primeira-dama do Estado, Virgínia Mendes; do seu filho Luís Antonio Taveira Mendes; e do Robério Garcia, pai do secretário-chefe Casa Civil, Fábio Garcia – Botelho disse que lutará até o fim para impedir a liberação e construção de usinas hidrelétricas no rio Cuiabá.

‘Nós não vamos permitir construir usina no rio Cuiabá. Isso realmente nós não vamos deixar acontecer, porque isso vai prejudicar muito esse rio que já vive meio cambaleando. O rio se encontra em dificuldades por conta das nascentes e dos desmatamentos. A construção delas [PCHs], no rio Cuiabá, traz impacto negativo ao Pantanal mato-grossense. Aqui, estamos fazendo gestão e vamos lutar até o fim para a não construção de usinas. Isso eu garanto’, ponderou.

Wilson Santos foi mais incisivo e rogou na tribuna que o governador não transforme Mato Grosso em um ‘balcão de negócios’. ‘Eu disse que os interesses na aprovação da lei do ‘Transporte Zero de Peixes’ iriam aparecer. Senhor governador, eu admiro sua capacidade gestão, sou da base, mas peço que o senhor não torne o Estado de Mato Grosso em um balcão de negócios’, comentou.

Lúdio criticou o governo e disse que os interesses de Mauro Mendes é transformar o Estado em um ‘fazendão’. ‘O governo busca produzir commoditiesy, grãos, minérios e agora privatizar o uso das águas por meio das hidrelétricas exatamente para alimentar esse modelo econômico vão promover a destruição do meio ambiente, o envenenamento do solo, das águas com os agrotóxicos, a destruição do serrado, da floresta, do Pantanal’, disse.

Ainda segundo Lúdio, os pedidos vindos dos familiares de Mendes, Garcia e Avalone possuem ‘grave conflito de interesses’. Por fim, Valdir Barranco (PT) repudiou as informações trazidas pelo Jornal A Gazeta.

‘Isso é extremamente repugnante! Vemos governantes querendo insistir numa matriz energética ultrapassada e que traz tanto impacto ambiental para nós. Eu abomino essa questão das instalações de hidrelétricas e o que pudermos fazer como representantes do povo nós faremos. Todos nós sabemos que usinas hidrelétricas são ultrapassadas. Na Alemanha, os investimentos são feitos em energias solar, mesmo tendo dificuldades de sol. A China já ultrapassou todo mundo nesse tipo de energia. No Brasil, a população está se esforçando para instalar energia solar, mas os governantes estão querendo investir em matriz energética que traz impactos ambientais”, concluiu.

 

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