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domingo, maio 12, 2024
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Acampamento pró-bolsonaro em frente à 13ª Brigada marcou o início do ano de 2023 em MT

Bolsonaristas ficaram acampados no local por aproximadamente 3 meses e só foram desmobilizados por decisão do STF

Por Kamila Arruda, Leiagora 

Os primeiros 10 dias de 2023 foram marcados por intensas manifestações em decorrência da não reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito do ano passado. A derrota do liberal para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez com que bolsonaristas montassem acampamento em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Cuiabá.

O protesto teve início ainda em outubro de 2022 e perdurou até 10 de janeiro deste ano. Os manifestantes estavam dispostos a ficar por mais tempo, mas foram obrigados a deixar o local por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ordem para desmobilização foi dada após o episódio de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto.

Foto: Paulo Henrique Fanaia – Leiagora

As manifestações foram registradas em todo o Brasil, e Cuiabá foi uma das últimas capitais a finalizar o movimento. O protesto era contra o resultado das eleições e a favor das pautas conservadoras.

Acampamento

Em Cuiabá, o Movimento Nacional Resistência Civil (MNRC) foi quem liderou toda a manifestação e organizou o acampamento. Inicialmente, o protesto permanente em frente à 13ª Brigada contava apenas com manifestantes da Capital.

No final de 2022, contudo, receberam reforço do interior do Estado, e diversos caminhoneiros vieram para Cuiabá mostrar a sua indignação com o resultado das eleições gerais.

Para abrigarem os manifestantes, várias tendas foram montadas e uma das três pistas da avenida do CPA foi fechada. Para manter a concentração, eles se dividiramm em turnos, nos quais as pessoas disponibilizavam o máximo de horas do dia possível para manter o acampamento com o maior número de pessoas. Devido a isso, a parte da manhã costumava ter menos manifestantes, mas o número aumentava à tarde e se multiplicava à noite.

Foto: Paulo Henrique Fanaia – Leiagora

No local também foi improvisado uma cozinha e também espaços para descanso, onde os manifestantes passavam a noite. Para manter o acampamento, os manifestantes contavam com a ajuda de amigos e simpatizantes do movimento, que doavam alimentos e águas.

Também foi montada uma capela onde os manifestantes se revezam em vigília e oração. Além disso, nos grupos de mensagens, os manifestantes trocam vídeos de motivação e convocam mais pessoas para participarem dos atos.

Foto: Paulo Henrique Fanaia – Leiagora

Rumo a Brasília

As manifestações do dia 8 de janeiro em Brasília contaram com a participação de mato-grossenses. No dia 7 de janeiro, cerca de 150 caminhoneiros que estavam acampados em frente à 13ª Brigada deixaram o local sentido a Brasília.

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