ABIN aponta Galvan como ‘general’ de atos antidemocráticos

Por Redação do GD

Candidato derrotado ao Senado Federal em 2022 e presidenta da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja), Antônio Galvan, é citado como um dos mentores dos atos intervencionistas que se levantaram contra o resultado das eleições presidenciais e terminaram com os atos golpistas de 8 de janeiro deste ano.

A informação conta nos relatórios sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), divulgados pelo jornal O Globo nesta sexta-feira (7). Conforme a reportagem, dois grupos foram identificados: um de produtores rurais e um núcleo de pessoas identificadas como “incitadoras” da depredação de prédios públicos no início deste ano.

A ABIN aponta o Movimento Brasil Verde e Amarelo (MBVA), que tem como líder Antônio Galvan. E que foi o principal movimento que mobilizou as manifestações de 7 de setembro, quando chegou a pedir intervenção militar. Ainda conforme a Agência, o Movimento Brasil Verde e Amarelo comandou os bloqueios de caminhoneiros em novembro de 2022, em Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Roraima, visando “contestar”, sem provas, a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O movimento teria “recursos econômicos para financiar transporte de manifestantes e ações extremistas, como as ocorridas no 8 de janeiro”. A reportagem ainda lembra o fato de Antônio Galvan ter sido alvo de busca e apreensão em 2021, por conta do financiamento de atos antidemocráticos na época. Ele ficou impedido de circular na praça dos Três Poderes.

Ao Globo Galvan não quis se manifestar. Já a Aprosoja Brasil disse em nota que não conhece o conteúdo do documento e afirmou que não organizou nem financiou nenhuma das ações antidemocráticas.

A reportagem ainda cita o produtor rural Jeferson da Rocha de Santa Catarina, o reservista do Exército Marcelo Soares Correa, conhecido como cabo Correa, que seria um dos líderes dos “Boinas Vermelhas”, uma agremiação formada “por reservistas autônomos que compartilham informação política ideológica semelhante, discurso radical de deslegitimação às instituições e propensão à ação violenta”.

Também constam no relatório da ABIN Symon Albino, conhecido como Symon Patriota, e Ana Priscila Azevedo como os outros principais “incitadores” dos atos. (Com informações de O Globo)

Outro lado

Ao Gazeta Digital, Antônio Galvan contestou o teor do relatório da ABIN, dizendo que nunca participou ou organizou nenhum ato antidemocrático. Também afirmou que tanto a Aprosoja Brasil , quanto a de Mato Grosso, não financiaram tais atos citados pela Agência. “Tanto que no inquérito da Polícia Federal, chegaram a analisar as contas das entidades e nunca encontraram nada que ligasse aos atos questionados”, disse.

Galvan também afirmou que desde que foi alvo da PF em 2021 tem evitado participar de manifestações, sob alegação de que poderia complicar sua situação. “Nunca estive em nenhum ato desses citados. Vamos aguardar ter acesso a esse documento para comentar algo mais concreto”, finalizou.

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