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domingo, junho 16, 2024
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Operação afasta delegado por uso de veículo apreendido e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito

A Polícia Civil, por meio da Corregedoria-Geral, deflagrou nesta quarta-feira (22) a Operação Capsicum, para cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e um de afastamento das funções policiais contra um delegado em estágio probatório.

As ordens judiciais foram expedidas pela Comarca de Porto Alegre do Norte, com base em investigações realizadas pela Corregedoria da Polícia Civil e são cumpridas nas cidades de Confresa e Goiânia (GO).

Dentro da operação, também foi determinado o afastamento do delegado da circunscrição para trabalho na função estritamente administrativa.

As investigações e cumprimento dos mandados contam com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Estado de Goiás, e da Diretoria-Geral e Diretoria de Interior da Polícia Civil de Mato Grosso.

Segundo apurado, o delegado de polícia Dênis Cardoso de Brito, que ainda está em estágio probatório, tomou posse de um veículo Toyota Corolla que estava apreendido na Delegacia de Porto Alegre do Norte para se deslocar até o Estado de Goiás, usando placas de outro veículo, sendo apurado crime de adulteração de sinal de veículo automotor.

As investigações apuraram ainda que o mesmo policial estaria em posse de um fuzil que não era de sua propriedade, sendo apurado crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Além dessas condutas, é apurado o envolvimento do investigado em outros crimes, bem como em infrações eminentemente administrativas.

O delegado Dênis Cardoso de Brito é pré-candidato a vereador no município de Goiânia (GO). Há apenas um ano no cargo de delegado, ele teria tirado uma licença de seis meses para disputar a candidatura a vereador. Na função de delegado, recebia salário bruto de R$ 32 mil. Ele estava em estágio probatório como delegado de Porto Alegre do Norte, cidade a 1.143 km de Cuiabá.
Outro lado 
Ao portal Primeira Página, o delegado alega perseguição por investigar a própria polícia. Ele afirmou que usou o carro apenas para uma investigação contra os próprios policiais, e que o carro em questão era velho e ele usou dinheiro do próprio salário para reformá-lo. Ele nega que tenha viajado com o Corolla até Goiânia.

“Estou decepcionado. Eu entrei na polícia por vocação, tudo que eu fiz foi para dar o meu melhor. Eu pedi licença para exercer atividade política e eles tentaram me dissuadir para que eu não saísse”, declarou.

Operação Capsicum

A operação faz referência ao princípio ativo do gás pimenta, em analogia ao uso progressivo da força.

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