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quinta-feira, março 28, 2024
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Tecnologia e inovação na Amazônia são oportunidades para pequenos negócios

A bioeconomia e bioindustrialização como modelo de desenvolvimento que alia a conservação da floresta amazônica e a tecnologia voltaram a ser tema central para o Sebrae, no segundo dia da Conferência Ethos 360º, realizado em São Paulo. O painel deu continuidade ao debate sobre como estimular pequenos negócios a potencializarem o bioma para promover desenvolvimento socioeconômico da região. O papel desse segmento na sustentabilidade da Amazônia foi senso comum entre especialistas convidados, que defendem um olhar estratégico para a bioeconomia.

Helen Camargo de Almeida, analista de sustentabilidade e gestão ambiental do Centro Sebrae de Sustentabilidade (CCSS), foi uma das palestrantes e destacou as diversas oportunidades que os biomas brasileiros oferecem. “Muitas vezes os pequenos negócios que estão nos grandes centros não conseguem enxergar essa imensidão”, analisou Helen. Por essa razão, ela reforçou a importância de esses empreendedores buscarem informação no Sebrae, para que uma linha de empreendedorismo inovador seja traçada.

Ismael Nobre, pesquisador do Amazônia 4.0 da A3W, expressou a reinvenção dos negócios para o uso consciente dos recursos da floresta: “A geração X só compra algo com um propósito e esse é o público dos produtos provenientes da Amazônia hoje”. O pesquisador incentivou a geração de renda por meio de produtos, processos e novos conhecimentos para se destacar frente à concorrência. Para Nobre, as revoluções industriais que aconteceram não olharam para a biodiversidade, mas agora este é o foco. E defendeu o uso das tecnologias como aliadas na região. “A Amazônia está mais perto do que Marte, e em Marte usamos robôs”, brincou.

A analista de sustentabilidade do Sebrae reforçou a importância dos pequenos negócios na região. “Não temos grandes empresas em todos os lugares e muitas vezes não temos nem o poder público instituído nesses lugares, mas temos os pequenos negócios. Eles estão nas fronteiras, no campo, na cidade, operam em todas as frentes”, disse. “É um tecido social empreendedor importante e o pequeno negócio muitas vezes não se apropria ou não enxerga esse potencial. Eles têm uma grande força de transformação na bioeconomia, são chave para que tenhamos um Brasil mais sustentável”, completou Helen.

O diretor geral da Aliança para a bioeconomia da Amazônia, João Matos, a gerente de sustentabilidade da Natura, Luciana Villa Nova, e o superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, também participaram do painel, discutindo a melhor forma de levar inovação e sustentabilidade para a região, gerando renda para as comunidades e conservação do bioma. Nesta semana, o Sebrae Nacional apresentou programa para incentivar a bioeconomia na Amazônia. A proposta é atrair empreendedores de todo o Brasil para desenvolver seus negócios na região, com apoio e fomento do Sebrae e seus parceiros.

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