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quinta-feira, abril 25, 2024
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TAXA SELIC: Cortes devem continuar afirmam especialistas

Na última quarta-feira (18), aconteceram as reuniões do Copom e do Fed. A redução no Brasil, por votação unânime, foi um corte de 0,50%, o que deixa a taxa em 5,5%, renovando a mínima histórica, após a decisão, o Ibovespa segue operando próximo aos 105 mil pontos. O dólar chegou a subir cerca de 0,65% após a decisão do Fed de cortar 0,25% da taxa de juros e há uma abertura por parte de Powell para novos ajustes da taxa, o que quebra a possibilidade de um dólar abaixo dos R$ 4 ainda este ano. Há uma forte pressão sobre os movimentos dos EUA, já que a taxa baixa pode ser desinteressante aos investidores, por isso há grandes expectativas sobre os mercados emergentes. Há expectativas acerca de novos cortes, já que o titular da pasta deixou a possibilidade em aberto.

Para Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth, é possível que haja ainda mais um corte, mas acredita que após ele, a taxa deve ser mantida nos 5%, “Copom vem seguindo à risca com os cortes de taxa de juros básica que caiu para 5,5% e já deixa a possibilidade de um novo corte para outubro , após essa data a expectativa é que os cortes se acabem e a taxa termine o ano em 5%”. Casabona pontua que o movimento do próximo corte previsto deve injetar mais investidores na bolsa de valores brasileira, já que há uma busca por maior rentabilidade, “esse movimento vai injetar mais investimentos para a bolsa de valores com investidores buscando um maior movimento de rentabilidade”. Ela afirma que a sinalização do Fed em seguir com as quedas causa certa tensão nos EUA, “se por aqui a agenda foi seguida, nos EUA, o Fed causou um certo frisson em sinalizar que não irá continuar com as quedas da taxa e gerou novamente um atrito ente Powell e Trump”, afirma a Sócia-Diretora da FB Wealth.

Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, acredita que o foco principal no exterior agora é sobre a tensão entre Arábia Saudita, EUA e Irã, “os índices mundiais se dividem, alguns estão comemorando a decisão de política monetária, e outra parte tensa pela possível questão política entre Irã EUA e Arábia Saudita”, afirma. Sobre o Copom, Laatus ressalta o fato de estar em aberto a possibilidade de um novo corte ou não, “as coisas ainda estão de desenrolando, Paulo Guedes deixou aberta a possibilidade de mais um corte ou de não movimentar mais nada”. Para Laatus, a decisão do Fed de seguir com cortes, deve desviar os olhares dos investidores para países emergentes como o Brasil, “os possíveis cortes na taxa americana podem afastar os investidores e voltá-los aos mercados emergentes como o Brasil”, finaliza o Estrategista-Chefe.

Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, acredita que foram confirmadas as previsões do mercado, “as previsões do mercado foram confirmadas, caso houvesse um corte maior, causaria grande turbulência”, afirma. Ele aponta que o momento atual não é propício para assumir riscos, porém frisa que isso pode ser necessário com a redução da taxa nos EUA, “há um momento de forte retração onde o mercado não está em plenas condições de assumir riscos, mas isso deve mudar logo, já que com os juros dos EUA remunerando pouco, os investidores devem arriscar novos mercados”. Bergallo acrescenta que a necessidade de investir em mercados emergentes e as tensões atuais do país devem fazer que o dólar ceda em breve, “por conta disso, o dólar deve ceder em breve, o momento já é bem turbulento, a tensão com a China e a questão do petróleo são de grande impacto”, finaliza o Diretor de Câmbio.

Fonte: Gueratto Press

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