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sexta-feira, abril 19, 2024
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Recessão americana pode levar Selic à 4,5%

Os mercados se mantiveram em baixa na primeira semana de outubro, com queda de 3,4% no Ibovespa. Segundo especialistas, os principais fatores que resultaram nas baixas são os dados fracos da economia americana, tanto na indústria quanto nos serviços, além da desidratação da reforma previdenciária no Senado. Com o veto as restrições do abono salarial, a economia da reforma caiu para R$ 800 bilhões em 10 anos. O mercado guarda os dados de desemprego americanos, além de alguma sinalização do Fed sobre cortes mais agressivos nos juros americanos.

Para Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth, os dados norte-americanos foram o principal fator de incertezas. “Na primeira semana de outubro os mercados foram marcados pelos resultados dos Estados Unidos, que surpreenderam de forma negativa, impactando os mercados globais como um todo. Por aqui, recentemente tivemos um respiro, mas a semana se manteve negativa. As expectativas sobre novos dados dos EUA, como desemprego, podem mexer ainda mais com o mercado financeiro. Por aqui a reforma da previdência continua mostrando a falta de apoio do governo”, explica a Sócia-Diretora.

Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, chama atenção para as movimentações atípicas do dólar. O valor da moeda geralmente sobe quando há um aumento de incertezas, porém o que se tem visto é o contrário. “Até essa semana os dados ruins dos EUA não tinham aparecido, o que fazia os agentes se questionarem sobre a possível recessão. Os primeiros dados ruins surpreenderam o mercado afetando o mundo todo. O dólar teve uma movimentação interessante, ao invés de se valorizar em relação ao real, como é comum nesses casos, vimos o contrário, pois os players estão começando a diversificar as suas posições de segurança indo atrás de moedas menos atreladas ao dólar, como o Iene japonês, libra e o euro, enfraquecendo a moeda americana”, explica Laatus. Para o Estrategista-Chefe, as reações aos resultados ruins pressionam ainda mais o Federal Reserve a baixar a taxa de juros, o que pode ter efeito na economia brasileira, pressionando a Selic para baixo. “Nessa sexta-feira, com os dados de payroll um pouco mais equilibrados, a semana se encerra mais tranquila, mas ainda bem negativa, muito por causa da economia americana. Essas reações aos dados dos Estados Unidos originam de uma pressão muito forte pela redução na taxa de juros, o corte pressionaria o mundo inteiro a reduzir os juros das próprias economias. Tanto é que alguns agentes do mercado já projetam a taxa Selic à 4,75%, e até 4,5%, no final do ano”, finaliza Jefferson.

Fonte: Gueratto Press

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