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quinta-feira, março 28, 2024
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Contas em bancos digitais podem garantir economia com tarifas; consumidor deve se informar antes de escolher

RIO – Tarifa bancária é uma espécie de cofrinho ao contrário. Sem perceber, o correntista vai perdendo um pouquinho a cada mês e, no fim do ano, gastou um valor significativo. Os bancos são obrigados a oferecer contas isentas de cobrança. A desvantagem são os limites de serviços impostos. Outra opção para economizar são as instituições com atuação exclusivamente digital. Essas fintechs, independentes ou ligadas a grandes bancos, surgiram nos últimos anos com uma proposta agressiva para os concorrentes e econômica para os correntistas.

O surgimento das fintechs ainda não provocou queda nos preços das tarifas nos grandes bancos. A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que o reajuste médio foi de 14% entre abril de 2017 a março de 2019. O Idec analisou 70 pacotes de serviços ofertados pelo Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander. A alta foi quase o dobro da inflação do país no período, 7,4%.

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE também revelou o avanço do custo das tarifas bancárias na renda dos brasileiros entre 2009 e 2018. Segundo o estudo divulgado em outubro, a fatia do salário destinada aos bancos passou de 0,4% para 1% em nove anos. Ou seja, uma alta de 150%. Já o levantamento do banco digital banQi em parceria com a Toluna, empresa de pesquisas do consumidor sob demanda, mostrou que o preço médio do pacote era de R$ 27,64 mensais em outubro. Em 12 meses, chega a R$ 331,68.

A portabilidade bancária existe desde 2007 e foi aprimorada pelo Banco Central, em 2018, com resolução que proíbe a cobrança de tarifa do cliente que transfere a conta-salário para outro banco. O primeiro passo para mudar é abrir a conta em outra instituição e, em seguida, transferir o dinheiro. Os débitos automáticos devem ser cancelados na antiga conta e reativados na nova para evitar ficar no negativo. Quando for fechar a conta antiga, exija do banco um protocolo da solicitação. Depois dessa etapa, a instituição financeira não poderá mais cobrar tarifas e terá 30 dias para fechar a sua conta de maneira definitiva.

O site do Banco Central publica detalhadamente os valores das tarifas de todos os bancos. O BC também informa quais os serviços que as instituições são obrigadas a oferecer de graça. Veja abaixo algumas opções de bancos digitais sem cobrança ou com custo baixo em comparação com os tradicionais. Vale lembrar que o consumidor deve se informar sobre a confiabilidade da instituição antes de escolher e depositar seu dinheiro a conta.

Next (Bradesco) – O Next oferece um pacote de serviços gratuito chamado “Na Faixa”. O pacote é composto de transferências ilimitadas para outras contas Next e Bradesco e para outros bancos (TED), saques ilimitados em caixas eletrônicos do Bradesco e na rede Banco24Horas; comprovantes e extratos ilimitados; todos de graça. O correntista pode ter um cartão de crédito internacional Visa sem anuidade. A gratuidade, porém, é promocional e por tempo indeterminado.

Detalhes no: next.me/propostas

Superdigital (Santander) – A conta Superdigital custa R$ 9,90 por mês. Os primeiros 30 dias são grátis. Cliente com gasto mínimo de R$ 500 não paga a taxa de R$ 9,90. Quem gasta de R$ 250 a R$ 499 por mês, paga metade da assinatura.

Detalhes no: superdigital.com.br/bemvindo/

Conta Fácil (BB) – A conta de pagamento digital pode ser aberta pelo aplicativo do BB e não requer envio de documentos ou assinatura de contratos. O limite inicial de movimentação mensal é de R$ 500 – entre saques, transferências e pagamentos. Se o correntista enviar uma selfie e mais um documento de identificação, o valor sobe para R$5.000 ao mês.

Detalhes no: www.bb.com.br/docs/pub/trf/76.pdf

NuConta – A fintech começou com o cartão de crédito roxo sem anuidade, em 2013. Depois, lançou a conta corrente digital, o cartão com função de débito e o saque. O NuConta remunera o saldo da conta corrente com 100% CDI, ou seja, acima do rendimento da poupança (que hoje paga 70% da Selic). A empresa não cobra nenhum tipo de tarifa. A exceção é o saque que custa R$ 6,50, cada um.

Detalhes no: nubank.com.br/nuconta

banQi – O banco digital das Casas Bahia não cobra taxas, com exceção do saque em caixa eletrônico (R$ 6,90). O site do banQi, porém, informa que “em breve” vai permitir saques em dinheiro nas lojas das Casas Bahias, sem cobrança de tarifa.

Detalhes no: banqi.com.br/tarifas

Neon – A fintech foi pioneiro ao lançar o formato de conta digital no Brasil. Apesar da facilidade de uso do aplicativo, há uma grande limitação na quantidade de serviços gratuitos. O primeiro saque no Banco 24 horas no mês é de graça. A partir da segunda operação, o cliente paga R$ 6,90 por saque. Nas compras internacionais, são 4% mais IOF. A fintech criou o Neon+ que libera três saques por mês sem cobrança de taxa. A conta especial permite dez boletos de deposito ou até R$ 8 mil por mês. Tem direito ao Neon+ quem fizer dez compras com cartão (débito e crédito) por mês.

Detalhes no: neon.com.br/tarifas

Agibank – O banco não cobra tarifa fixa e os serviços gratuitos são limitados. O correntista pode realizar mensalmente até quatro saques na rede Banco 24 Horas (R$ 6,49 por saque extra), dois em lotéricas (R$ 3,99 a cada saque extra) e quatro nos caixas Saque Pague (R$ 6,49 por saque extra). O cliente pode fazer ainda quatro transferências para outros bancos (TEDs) por mês (R$ 1,90 por TED extra). O cartão de crédito internacional é de graça no primeiro ano. A partir do segundo, mensalidade é de R$ 12,99.

Detalhes no: www.agibank.com.br/tarifas

Fonte: O Globo

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