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sexta-feira, março 29, 2024
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Brasil cai duas posições no principal ranking internacional de inovação

Entre 129 países, o Brasil é o 66º mais inovador segundo o Índice Global de Inovação (IGI). O país perdeu duas posições em relação ao ano anterior, em que ocupava o 64ª lugar. Suíça, Suécia, Estados Unidos, Países Baixos e Reino Unido lideram o ranking divulgado na manhã desta quarta-feira (24/7), em Nova Deli, na Índia. A China, por sua vez, segue em ascenção, agora em 14º lugar entre as nações mais inovadoras, ultrapassando o Japão (15º).

A classificação é publicada anualmente pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) são parceiros do IGI.

Um dos fatores determinantes para o resultado foi a piora na avaliação dos insumos para inovação, que são o conjunto de ferramentas disponíveis no país para o desenvolvimento da inovação – o Brasil caiu de 58º para 60º lugar. Por outro lado, o país teve leve melhora de posição no subranking de resultados da inovação, saindo de 70º para 67º.

“Mais uma vez, o ranking demonstra que o Brasil tem um grande e importante trabalho pela frente para se tornar um país mais inovador, com desempenho proporcional ao tamanho da 9ª economia do mundo. Em um ambiente de crescente competição internacional, a inovação já é um grande diferencial e terá peso cada vez maior. É preciso agir e agir rápido”, afirma Glauco Côrte, presidente em exercício da CNI.

“Para enfrentar obstáculos, temos de compreender o problema. O Índice Global de Inovação oferece-nos indicadores de informação que nos mostram onde se encontram os maiores desafios à inovação no Brasil. Neste sentido, o Sebrae tem uma importante missão: ajudar o Brasil a reencontrar o crescimento, sendo que esta reconstrução passará necessariamente pelas micro e pequenas empresas, que representam 98,5% da atividade formal do país”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

CLASSIFICAÇÃO – O Índice Global de Inovação está na 12ª edição e se tornou uma ferramenta quantitativa detalhada que auxilia em decisões globais para estimular a atividade inovadora e impulsionar o desenvolvimento econômico e humano. O IGI classifica 129 economias com base em 80 indicadores, que vão desde as taxas de depósito de pedidos de propriedade intelectual até a criação de aplicativos para aparelhos portáteis, gastos com educação e publicações científicas e técnicas.

20 PRIMEIROS NA CLASSIFICAÇÃO GLOBAL

1. Suíça (Nº 1 em 2018)
2. Suécia (3)
3. Estados Unidos (6)
4. Países Baixos
5. Reino Unido (4)
6. Finlândia (7)
7. Dinamarca (8)
8. Singapura (5)
9. Alemanha (9)
10. Israel (11)
11. Coreia do Sul (12)
12. Irlanda (10)
13. Hong Kong (14)
14. China (17)
15. Japão (13)
16. França (16)
17. Canadá (18)
18. Luxemburgo (15)
19. Noruega (19)
20. Islândia (23)

AMÉRICA LATINA – Apesar de ser a maior economia da região, o Brasil é apenas o 5º mais inovador entre as 19 economias da América Latina e Caribe, e segue atrás de Chile (51º), Costa Rica (55º) e México (56º). “O progresso do desempenho em inovação ainda é lento na América Latina e no Caribe, e o IGI indica que, apesar de melhorias incrementais e iniciativas encorajadoras, o potencial de inovação da região segue, em larga medida, inexplorado”, afirma o documento.

Segundo a publicação, os brasileiros se destacam em pesquisa e desenvolvimento (P&D), tecnologias de informação e comunicação (TIC), comércio, escala de mercado e competação, trabalhadores especializados, absorção de conhecimento e criação de conhecimento, onde o Brasil aparece entre os 50 primeiros no mundo. O Índice também destaca a presença de empresas globais no país e ressalta que o Brasil é o único da região a abrigar um cluster de ciência e tecnologia de peso internacional.

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