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sexta-feira, abril 19, 2024
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Audiência pública propõe a discussão sobre energias renováveis

Tratamento adequado e destinação do lixo e energias renováveis no estado são os temas da audiência pública que será realizada pelo deputado estadual Faissal Calil (PV), hoje (5) de agosto, às 9h, no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Visando conhecer novas alternativas sustentáveis de reciclagem e geração de energias renováveis, o parlamentar visitou algumas cidades de Santa Catarina que utilizam as tecnologias de oxi-combustão, técnica já utilizada no Japão, onde 62% do lixo orgânico é transformado em energia e utilizado para abastecer indústrias e outras empresas.

A equipe técnica do gabinete do deputado Faissal já tem se reunido com alguns especialistas no assunto e representantes de entidades dos governos estadual e municipal para debater a temática que será proposta na audiência.

“Cerca de 111 prefeituras de Mato Grosso apresentaram o plano que trata da adequação do aterro sanitário, coleta seletiva e destinação dos mais diversos resíduos, como o lixo doméstico, materiais recicláveis, resíduos da construção civil e da indústria, lixo hospitalar, entre outros. Precisamos buscar formas de viabilizar esses projetos”, alerta o deputado.

Faissal ressalta que uma das alternativas para preservar o meio ambiente é conseguir fazer energia a partir do lixo. “Sabemos que a medida ainda não resolveria o problema no setor elétrico brasileiro, mas aproveitar o recurso de resíduos sólidos urbanos é uma coisa bem pertinente. Portanto, precisamos discutir formas de conversão”.

Somente em Cuiabá, cerca de 15 mil toneladas de resíduos são jogados no aterro a cada mês. Em Várzea Grande, a média é de 170 toneladas de lixo doméstico. Nos locais, o material é compactado e coberto com terra, o que traz prejuízos ambientais.

Segundo um levantamento do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2009), baseado na Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estima-se que a produção total de dejetos da pecuária no Brasil foi de 1,7 bilhão de toneladas por ano, sendo que 32% é gerado na região Centro-Oeste.

A geógrafa Adelaine Cézar ressalta que a audiência pública, convocada pelo deputado, traz um desafio urgente, que trata da gestão dos resíduos sólidos. “Como tratar o lixo de forma adequada? Esse lixo pode ser transformado em energia? Podemos gerar renda e emprego com o tratamento do lixo? Consideramos então que o tripé essencial para o avanço dessa discussão passa por um movimento de transformação que surgirá no seio da sociedade através de iniciativas de educação ambiental. O governo entra como ator fundamental no fomento à discussão, ouvindo todas as partes e promovendo cenários de discussão, engajamento e implementação. E, finalmente, a iniciativa privada com soluções tecnológicas para promover essa transformação, injetando um novo modelo de economias sustentáveis circulares em nosso estado”, ressalta a ambientalista.

Para o engenheiro florestal André Babynski, “o gerenciamento de resíduos sólidos afeta todas as pessoas no mundo, independentemente de os indivíduos estarem gerenciando seus próprios resíduos ou os governos fornecendo serviços de gerenciamento de resíduos para seus cidadãos. À medida que as nações e cidades se urbanizam, se desenvolvem economicamente e crescem em termos de população, o Banco Mundial estima que a geração de resíduos aumentará de 2,01 bilhões de toneladas em 2016 para 3,40 bilhões de toneladas em 2050. Segundo o site The World Bank, pelo menos 33% desses resíduos são mal administrados globalmente hoje, gerando descarte direto ou queima”.

Fonte: ALMT

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